Segundo Monteiro Neto, o plano será arrojado e negociado com diversas áreas do governo. As medidas serão estruturadas nos seguintes eixos: desburocratização, desoneração das exportações, plano de investimentos para reduzir a idade média do maquinário industrial e estímulos aos financiamentos para estimular exportações das micro, pequenas e médias empresas.
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“Atualmente, 100 empresas concentram dois terços das exportações brasileiras. Precisamos encontrar um jeito de estimular as vendas externas das micro, pequenas e médias empresas”, declarou. Para o novo ministro, somente a melhoria da competitividade da economia pode impulsionar as exportações, que caíram no ano passado.
Outro desafio apontado por Armando Monteiro será o aumento da produtividade da indústria, cuja participação no Produto Interno Bruto (soma das riquezas produzidas no país) tem se reduzido cada vez mais. “A agenda da competitividade da indústria é imprescindível. O setor vem perdendo espaço na economia. Desde 1985, a participação [da indústria] declinou de 25% para 14% do PIB”, informou.
O novo ministro disse, ainda, que a redução de gastos públicos a ser posta em prática pela nova equipe econômica não pode afetar as políticas comerciais e de estímulo à indústria. “O necessário ajuste macroeconômico não pode ter efeito paralisante na promoção da agenda de promoção da competitividade. É preciso encontrar espaço para, em meio a essas restrições, impulsionar e dar absoluto sentido à agenda”, destacou.
A cerimônia de posse teve a presença de 15 ministros, entre os quais Joaquim Levy (Fazenda), Alexandre Tombini (Banco Central), Nelson Barbosa (Planejamento), Manoel Dias (Trabalho) e Eduardo Braga (Minas e Energia). O governador do Mato Grosso, Pedro Taques, também compareceu à solenidade.
No discurso de transmissão do cargo, o ex-ministro Mauro Borges reconheceu que a perda de competitividade da indústria foi o principal desafio do ministério nos últimos quatro anos. No entanto, mencionou medidas tomadas pelo governo nos últimos quatro anos para reverter o quadro, como o Plano Brasil Maior, a desoneração da folha de pagamento, o estímulo ao ensino técnico por meio do Pronatec e o programa de concessões de rodovias, portos, ferrovias e aeroportos à iniciativa privada.
“Acredito que os resultados [dessas políticas] virão no médio e longo prazos”, declarou Borges. “O Plano Brasil Maior concentrou-se na redução dos custos de produção, no adensamento da cadeia de produção e no crédito para inovação. Estas foram a marca do primeiro mandato [da presidenta Dilma Rousseff]. Agora, temos o desafio de uma nova agenda para a indústria na iminência da retomada de um novo ciclo de crescimento mundial”, acrescentou.
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