Pesquisa Datafolha publicada hoje no jornal Folha de S. Paulo apontou uma piora nos índices de aprovação do Congresso, após uma leve recuperação da imagem detectada no penúltimo levantamento. A piora pode ter se dado em razão das recentes absolvições dos deputados Roberto Brant (PFL-MG), Professor Luizinho (PT-SP) e Pedro Henry (PP-MT).
Em fevereiro, antes de o Plenário da Câmara absolver os três deputados suspeitos de envolvimento no mensalão, o Datafolha apontou uma melhora na avaliação dos parlamentares. Na pesquisa feita semana passada, ela voltou a piorar.
No levantamento, 41% dos entrevistados dizem que os senadores e deputados atualmente no Congresso têm um desempenho ruim ou péssimo. São oito pontos percentuais a mais do que em fevereiro, mas ainda menos do que os 48% de agosto, quando a desaprovação ao Congresso atingiu os níveis mais altos no governo Lula.
Diminuiu o número daqueles que consideram o desempenho dos parlamentares regular. Esses são agora 37% dos entrevistados, contra 43% no mês passado.
O índice dos que julgam a atuação dos congressistas boa ou ótima oscilou negativamente, no limite da margem de erro de dois pontos percentuais. Eram 16% em fevereiro, e agora são 14% dos entrevistados.
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Renda e escolaridade
Quanto maiores a renda e o grau de escolaridade, apontou a pesquisa, piores são os índices de desaprovação ao Congresso. No grupo que só estudou até o ensino fundamental, 35% consideram ruim ou péssima a atuação do Congresso. Esse número sobe para 54% na faixa que chegou ao ensino superior.
A camada mais pobre da população, com renda familiar mensal de até cinco salários mínimos, dá a pior avaliação para os parlamentares em 38% dos casos. Entre aqueles cuja renda familiar mensal supera os dez salários mínimos, é de 51% o índice dos que desaprovam o Congresso.
O levantamento apontou que a desaprovação do Congresso é praticamente uniforme entre os eleitores de partidos da base aliada e da oposição. Os entrevistados que apontam o PT como partido com o qual têm mais afinidade avaliam o Congresso da seguinte maneira: péssimo ou ruim, 37%; regular, 44%; bom ou ótimo, 16%. Entre os que preferem o PFL, 38% consideram o desempenho dos parlamentares ruim ou péssimo, 39% regular e 16% bom ou ótimo.
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