O senador Delcídio do Amaral (MS) entregou hoje (15) ao presidente do PT em Mato Grosso do Sul, Antônio Carlos Biffi, carta pedindo desfiliação do partido. O pedido ocorreu no mesmo dia em que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki homologou a delação premiada feita pelo senador sul-matogrossense dentro da Operação Lava Jato. Em um texto curto, o senador informa a decisão de deixar o PT e pede que Biffi tome as providências para o desligamento.
Delcídio responde a representação no Conselho de Ética do Senado por ter sido flagrado tentando subornar a família do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, para que este não firmasse acordo de delação premiada com o Ministério Público. O filho de Cerveró, Bernardo, entregou a gravação da conversa em que o parlamentar oferecia R$ 50 mil por mês e um plano de fuga ao ex-diretor da estatal, o que levou Delcídio a ficar quase três meses preso.
A saída de Delcídio do PT era dada como certa desde o ano passado, quando o próprio presidente nacional do partido, Rui Falcão, disse em nota que a legenda não “devia apoio” a ele, que na época era líder do governo no Senado. A manifestação ocorreu no mesmo dia em que a Casa analisava a manutenção ou não da prisão do senador.
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O relator do caso no Conselho de Ética do Senado, Telmário Mota (PDT-RR), já deu parecer a favor da admissibilidade do processo contra Delcídio. O relatório será votado amanhã (16), quando os membros do colegiado decidirão se concordam com Mota e iniciam o processo, que pode resultar na cassação do mandato do senador.
Com informações da Agência Brasil
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