Depois de publicar em sua página no Facebook que a renúncia de Dilma seria um “gesto de grandeza”, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se mobiliza para fortalecer os laços entre membros do seu partido, PSDB. Em esforço para alinhar o discurso dos principais líderes tucanos, FHC reuniu em seu apartamento, em São Paulo, dois possíveis presidenciáveis tucanos para as eleições de 2018: o senador Aécio Neves (MG) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (SP).
De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, o ex-presidente aproveitou o encontro para expor sua análise do cenário político atual. Ele disse aos convidados que o partido deveria falar a mesma língua ao apresentar alternativas para o país sair da crise. Separadamente, FHC conversou com o senador José Serra (PSDB-SP) sobre o assunto na semana passada.
A conversa se deu em momento que Aécio e seus aliados defendem a renúncia de Dilma e do vice, Michel Temer, para realização de nova eleição. Enquanto Alckmin procura evitar o assunto de afastamento da presidente. De acordo com reportagem, caso novas eleições ocorressem, o governador não teria condições de deixar seu cargo para disputar com Aécio a indicação do PSDB e se candidatar à Presidência.
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Ainda na mensagem postada pelo ex-presidente, há avaliação do tucano sobre as manifestações anti-Dilma de domingo. Segundo FHC, os protestos mostraram que a população vê o governo como “ilegítimo”. Segundo ele, a “base moral” do governo Dilma foi “corroída pelas falcatruas do lulopetismo”.
Para ele, “a presidente, mesmo que pessoalmente possa se salvaguardar, sofre contaminação dos malfeitos de seu patrono, perdendo condições de governar”.
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