Condenado a 13 anos, quatro meses e dez dias por peculato e formação de quadrilha, Donadon é o primeiro deputado federal no exercício do mandato que irá para a cadeia após a promulgação da Constituição Federal de 1988. Ele foi acusado por fazer parte de um esquema que fraudou licitações para contratos de publicidade da Assembleia Legislativa de Rondônia entre 1998 e 1999. Na quarta-feira (26), o Supremo Tribunal Federal (STF) decretou o trânsito em julgado do processo e determinou a prisão do parlamentar.
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O mandado de prisão foi expedido na quarta-feira (26) pela relatora do processo, ministra Cármen Lúcia. Ela determinou que a PF cumprisse a ordem. Nos últimos dois dias, agentes tentaram prender o deputado, que negociava sua entrega. Aeroportos e portos, assim como sua casa e de familiares eram monitorados. Donadon passou a ser considerado foragido ontem pela PF por não ter cumprido o acordo inicial.
A execução da pena ficará a cargo da Vara de Execuções Penais de Brasília. Desta forma, o deputado deve ficar na ala federal do Complexo Penitenciário da Papuda. Ele depois pode pedir transferência para um presídio em Rondônia para ficar mais próximo da família.
Instantes após a decisão da corte constitucional, a Câmara decidiu encaminhar o caso à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para que o parlamentar apresente defesa em até cinco sessões. Ele deve ser comunicado formalmente hoje da abertura do processo de cassação. Após esse prazo, o plenário da Casa definirá se o mandato do parlamentar será cassado. O PMDB também se manifestou após a decisão do STF e decidiu expulsar o parlamentar de seus quadros.
A defesa do parlamentar cogita uma revisão criminal e avalia que a prisão do deputado não é incompatível com o exercício da atividade parlamentar. De acordo com o advogado Nabor Bulhões, apenas duas situações acabam com o mandato parlamentar: cassação e fim da legislatura.
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