Menos de 24 horas depois de fazer um apelo para o fim das disputas internas no PT (leia mais), o presidente Lula negou hoje que haja uma divisão dentro do Partido dos Trabalhadores e cobrou sensibilidade dos integrantes do diretório nacional.
"O PT está exercitando uma coisa que nós chamamos de democracia", ressaltou. "Nela, cada grupo do partido apresenta uma tese, as teses vão a votação, vai ganhar uma, depois as pessoas vão apresentar emendas e a gente vai ter um documento final que vai balizar o comportamento do PT nos próximos anos."
As declarações feitas ontem pelo presidente de que o partido “dá tiro no pé” foram rebatidas por petistas que defendem uma espécie de refundação do PT e que divulgaram hoje um manifesto (leia mais).
“Estou torcendo para que o PT saiba que a sua responsabilidade, enquanto partido do presidente da República, é maior do que quando era oposição", afirmou o presidente. "Se o PT tiver essa sensibilidade, vai dar tudo certo."
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O presidente disse que não iria se envolver nas discussões internas do PT. "Hoje eu sou uma espécie de magistrado, não entro na disputa do PT", disse. "Não tem por que um presidente da República se meter nas disputas internas do PT ou de qualquer outro partido político. O que eu quero é conviver com o resultado dessa disputa, não fomentar essa disputa."
Lula falou aos jornalistas no final da tarde, após participar da inauguração da Usina de Biodiesel de Iraquara (BA), a 464 quilômetros de Salvador, onde o Diretório Nacional do PT está reunido.
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