O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), presidente da Câmara dos Deputados, conta com o apoio de 15 governadores para a sua reeleição. Por sua vez, o líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), conta com o respaldo de apenas seis líderes do Executivo estadual na disputa pelo comando da Casa. Ao todo, são 27 governadores estaduais. Seis deles estão indefinidos ou neutros no confronto.
De acordo com reportagem de Adriano Ceolin e Letícia Sander, da Folha Online, os governadores que apóiam Chinaglia são os do PT: Acre, Bahia, Pará, Piauí e Sergipe, além de André Puccinelli, do Mato Grosso do Sul, que é do PMDB.
"Não tenho nada contra o Arlindo, mas a oposição não quer votar em um candidato do PT", declarou Cássio Cunha Lima (PSDB), governador da Paraíba. "A bancada do meu estado também prefere o Aldo", complementou.
No entanto, a campanha de Aldo admite que os governadores podem ter dificuldades para “controlar os votos” de suas bancadas. "Todo governador em início de mandato tem grande força sobre sua bancada. Agora, controlar os votos é muito difícil", reconheceu o deputado Ciro Nogueira (PP-PI), um dos coordenadores da campanha do presidente da Câmara.
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O governador de Alagoas (terra natal de Aldo), Teotônio Vilela Filho, marcou um jantar entre Aldo e o ex-presidente FHC, o que facilitou o acordo do presidente da Câmara com os demais governadores tucanos.
Nesta semana, os governadores Luiz Henrique, de Santa Catarina, e Roberto Requião, do Paraná, declararam apoio à candidatura de Aldo.
Para a próxima semana, está previsto um encontro entre Aldo e o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (PFL). "Ele vai formalizar o apoio ao Aldo. A gente decidiu isso junto com o Rodrigo Maia [líder pefelista na Câmara]", declarou o deputado Osório Adriano (PFL-DF).
Tática de Chinaglia
Chinaglia relativiza o apoio conseguido pelo comunista nos estados até agora e diz que sua prioridade é o contato com os parlamentares. "Os deputados têm sido o meu alvo preferencial. Mas reconheço a importância que os governadores têm", afirmou.
"Nossos deputados, junto com os demais integrantes do PMDB do Centro-Oeste, têm respaldado o nome do Arlindo. Só vou ser avalista", disse Puccinelli.
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MPF-RR pede cassação do governador do estado
O Ministério Público Federal de Roraima (MPF-RR) ajuizou ontem (5) o pedido de cassação do diploma do governador Ottomar Pinto (PSDB). O tucano tomou posse na segunda-feira (1°) para o seu quarto mandato. Aos 77 anos, além dos problemas judiciais, ele também enfrenta problemas de saúde.
Ottomar é acusado de abuso de poder político, econômico, uso da máquina administrativa e uso dos programas sociais do governo em benefício próprio durante a campanha eleitoral do ano passado.
De acordo com a Agência Estado, antes desta ação, o senador Romero Jucá (PMDB), adversário político de Ottomar na eleição passada, e sua mulher, Teresa Jucá (PPS), também foram à Justiça com os mesmo argumentos contra o atual governador e contra a reeleição do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB), o principal concorrente de Teresa ao cargo.
O tucano afirmou que se defenderá de todas as ações e que o senador Romero Jucá "não aceitou democraticamente a derrota nas urnas".
Ottomar será intimado nos próximos dias a se defender das acusações e, em seguida, haverá o julgamento no Tribunal Regional Eleitoral.
Puccinelli: Zeca do PT priorizou empreiteiras
O governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), afirmou ontem (5) que o seu antecessor imediato, José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT, pagou um grupo de empreiteiras e empresas prestadoras de serviços ao invés de quitar parcela da dívida com a União. De acordo com reportagem de Hudson Corrêa, da Agência Folha, o atraso no pagamento da parcela da dívida com a União deu um prejuízo de R$ 27,8 milhões ao estado.
Puccinelli afirmou que já identificou pagamentos no total de R$ 71.325.527,34, feitos do dia 21 a 28 de dezembro, a empreiteiras e prestadoras de serviços. De acordo com o governador, os gastos podem alcançar R$ 116 milhões.
Zeca do PT divulgou nota no final do ano passado afirmando que preferiu pagar o décimo terceiro salário dos funcionários a quitar parcela da dívida com a União.
"Eles [Zeca do PT e assessores] alegam que juntaram dinheiro para pagar o décimo terceiro, creditado na conta dia 22 e, portanto, depositado no dia 21, totalizando R$ 102.028.327,52. Daí para frente, fizeram R$ 71,3 milhões de pagamentos [a empreiteiras e fornecedores]", afirmou o governador.
"Pagaram os R$ 71,3 milhões depois de terem pago o décimo terceiro. Então, sacanearam", disse o governador.
O lado de Zeca
"Eu consultei o [ex]-governador. Ele falou que não é verdade. Não houve preferência de pagamento a empreiteiras. A prioridade foi pagar o funcionalismo público", declarou o ex-secretário de governo Raufi Marques. Zeca do PT está em férias.
"Os pagamentos feitos para empreiteiras e prestadores de serviço foram de praxe. A informação que tenho é que os pagamentos para empreiteiros foram da ordem de R$ 4 milhões. O dinheiro era carimbado, ou seja, específico para aquilo e não teria como pagar outra coisa", complementou Raufi.
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