O grupo peemedebista que apresentou nesta segunda-feira apoio à candidatura de Lula à reeleição precisará criar, juntamente com os petistas, "regras de convivência" nos estados onde os dois partidos têm candidatos adversários. A afirmação é do líder do PMDB no Senado, Ney Suassuna (PB), que participou da reunião com o presidente e outros 49 peemedebistas de 26 estados na Granja do Torto.
Suassuna afirmou que essas discussões sobre os procedimentos nas campanhas estaduais entre peemedebistas e petistas são fundamentais para que, num eventual segundo turno, "não haja maiores reações" que inviabilizem eventuais acordos entre os dois partidos.
Há divergências sobre quantos seriam os apoios do PMDB a Lula ou Geraldo Alckmin (PSDB-PFL). Nesta segunda-feira, peemedebistas que se dizem representantes de 19 diretórios estaduais do partido realizaram jantar com Lula e declararam publicamente seu apoio ao candidato petista. Nos outros oito diretórios estaduais, haveria apoio de dissidentes.
Segundo dados do diretório nacional do PMDB divulgados na semana passada, o PMDB fechou coligações oficiais com o PSDB ou o PFL em 12 estados e no DF – sendo que, em oito estados, o PMDB é cabeça de chapa. O PMDB está oficialmente coligado com o PT em outros cinco estados.
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O presidente nacional do partido, deputado Michel Temer (SP), divulgou números diferentes nesta terça-feira. Disse que sete diretórios apoiam Alckmin e nove, Lula. Outros nove diretórios estariam "em aberto" – sem apoio oficial a nenhum dos lados da disputa. Em outros dois, ainda segundo Temer, haverá "palanque duplo".
Lideranças do PSDB e do PFL minimizaram a dimensão da declaração do apoio dos peemedebistas a Lula. "O PMDB não tendo feito acordo formal com o PT não oferece o seu tempo de rádio e televisão ao PT. Vai oferecer em alguns estados suporte para que os votos que Lula tem ou sensibilizou sejam mantidos? Vai sim. É um fato político? É. É devastador? Nunca", afirmou o líder do PFL no Senado, Agripino Maia (RN).
O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), disse que o PMDB não levará apoio em sua totalidade a nenhum candidato, da mesma forma que ocorreu em campanhas passadas. "O partido virou uma federação de lideranças regionais, não tem uma liderança nacional que agregue. Mas tem lideranças regionais importantes", afirmou.
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