Para controlar os elevadores da Câmara e do Senado, levando parlamentares, servidores e visitantes aos seus andares de destino, o Congresso Nacional gasta mais de R$ 5 milhões para manter 74 ascensoristas, profissão cada vez mais incomum no país, conforme revela reportagem do site G1.
Na Câmara, 50 ascensoristas são responsáveis por 20 elevadores. Os funcionários terceirizados custam aproximadamente R$ 3,7 milhões. Os salários são de R$ 1,7 mil para uma carga diária de seis horas, além de vale transporte, assistência médica e odontológica e auxílio alimentação de R$ 27,50 por dia. As informações são do repórter Bernardo Caram.
Leia também
<< Congresso brasileiro é um dos mais caros do mundo. Veja os benefícios pagos a um parlamentar
Já no Senado, 24 ascensoristas controlam 12 elevadores. Com salário um pouco mais baixo, R$ 1,5 mil, mas com benefícios semelhantes, o custo anual do serviço fica em cerca de R$ 1,3 milhão por ano.
PublicidadeOs serviços são prestados pela C&P Soluções em Telemarketing. O elevadores também são controlados por oito telefonistas de fluxo de elevadores, sete recepcionistas de fluxo de pessoas, dois controladores de tráfego e um encarregado geral. Para tais cargos mencionados, os salários variam de R$ 1,9 mil a R$ 5,9 mil.
No edital para a contratação dos trabalhadores terceirizados a Câmara justificou que a interrupção dos serviços “certamente influenciará negativamente na qualidade das atividades desenvolvidas” na Casa.
À reportagem, o primeiro-secretário da Câmara, Giacobo (PR-PR), afirmou “que fará um teste para a retirada dos ascensoristas de parte dos elevadores da Casa”. “Se o experimento for bem sucedido, disse, esses funcionários serão dispensados”, anota a matéria, informando ainda que o teste será realizado em março. Todos os funcionários serão colocados em férias coletivas.
<< Deputados custam R$ 1 bilhão por ano ao contribuinte
<< Cada deputado de Brasília tem R$ 184 mil por mês só para contratar assessores. Veja os benefícios
Que falta não faz um Homem Bomba uma hora dessas?
Vamos tentar ser minimamente otimistas no meio de um mar de lama: que tal não esquecermos dos tempos em que o Diretor-Geral da Casa (Sabino de tal), quando interpelado por causa dos altos salários pagos aos ascensoristas (que eram servidores), por serem superiores aos pagos aos oficiais-pilotos da Força Aérea, respondeu impávido: “Coronel, nós não temos pilotos de avião, somente pilotos de elevadores…” Se alguém tiver a pachorra de pesquisar, vai ver que a situação não mudou muito – há servidores subalternos ganhando mais do que oficial-aviador. Mas contentemo-nos com o fato de que não há mais “pilotos de elevadores” na folha de salários da CD, só terceirizados…