O líder mundial da Igreja Católica chegou ao país minutos antes do previsto. Foi recebido na base área por Dilma. De lá, seguiu em um Fiat Idea, com os vidros abertos, para o centro da cidade, para depois desfilar no papamóvel. Seu trajeto foi acompanhado por milhares de fiéis, que se aproximavam do papa com facilidade. Na sequência, Francisco seguiu para o 3º Comando Aéreo, onde embarcou em um helicóptero até o campo do Fluminense, que fica ao lado do Palácio Guanabara, onde aconteceu a cerimônia de boas-vindas.
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“Vim para a Jornada Mundial da Juventude. Vim para encontrar os jovens que vieram de todo o mundo, atraídos pelos braços abertos do Cristo Redentor. Eles querem agasalhar-se no seu abraço para, junto de seu coração, ouvir de novo o seu potente e claro chamado: ide e fazei discípulos entre todas as nações”, afirmou em discurso feito em português, de acordo com a Agência Brasil. “Cristo bota fé nos jovens”, completou.
“A nossa geração se demonstrará à altura da promessa contida em cada jovem quando souber abrir-lhe espaço; isso significa tutelar as condições materiais e imateriais para o seu pleno desenvolvimento; oferecer a ele fundamentos sólidos, sobre os quais construir a vida; garantir-lhe segurança e educação para que se torne aquilo que ele pode ser; transmitir-lhe valores duradouros pelos quais a vida mereça ser vivida, assegurar-lhe um horizonte transcendente que responda à sede de felicidade autêntica”, afirmou, segundo a ABr.
No início, Francisco disse não ter “ouro nem prata”, mas que trazia o que “mais precioso” lhe foi dado: Jesus Cristo. “Venho em Seu nome, para alimentar a chama de amor fraterno que arde em cada coração. Desejo que chegue a todos e a cada um a minha saudação: a paz de Cristo esteja com vocês. (…) Minha visita outra coisa não quer senão continuar a missão pastoral própria do bispo de Roma, de confirmar os seus irmãos na fé em Cristo, de animá-los a testemunhas as razões da esperança que dele vem e de incentivá-los a oferecer a todos as inesgotáveis riquezas de seu amor”, discursou.
Parceria
No seu discurso, Dilma disse que compartilha com Francisco a preocupação com as desigualdades agravadas pela crise financeira mundial. Ela lembrou pronunciamento do pontífice tratando do “papel nocivo das ideologias que defendem o enfraquecimento do Estado. Segundo a presidenta, existe uma “profícua parceria” do governo brasileiro com a Igreja Católica.
“Fizemos muito, e sabemos que ainda há muito o que ser feito. Nesse processo, temos contado com a profícua parceria com a Igreja. As pastorais católicas, por exemplo, tem sido importantes parceiras do governo brasileiro na atenção aos segmentos mais vulneráveis de nossa população, como também na promoção da defesa dos direitos das nossas crianças e adolescentes, na defesa dos direitos das pessoas que vivem nas ruas, na garantia da dignidade dos direitos nos presídios”, afirmou.
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