O líder do PL na Câmara, Sandro Mabel (GO), conseguiu antecipar para amanhã, a partir das 14h, a votação em plenário de seu processo no Conselho de Ética, que recomendou na semana passada a absolvição do deputado por falta de provas. A votação estava prevista para o dia 16, mas o plenário aprovou hoje um requerimento de Mabel que dispensa a exigência de duas sessões plenárias de prazo para que o texto seja votado pelos deputados.
A sessão que selaria o destino de Mabel estava prevista inicialmente para esta quarta-feira, mas o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), decidiu ontem adiá-la para a semana que vem. Pelo regimento, o relatório de Mabel só poderia ser examinado em plenário duas sessões após aprovado no conselho. O prazo começaria a ser contado ontem, mas não houve quorum para validar a sessão.
Com isso, a votação ficaria para a quinta-feira, mas Aldo recomendou que todas as votações de relatórios do conselho sejam sempre às quartas-feiras, quando o número de deputados na Casa costuma ser maior.
O relatório, do deputado Benedito de Lira (PP-AL), recomendou o arquivamento do processo contra Mabel por inexistência de provas de seu envolvimento no escândalo do mensalão. Mesmo assim, pelo menos em tese, o parlamentar pode perder o mandato em plenário, se no mínimo 258 parlamentares forem contrários ao parecer de Benedito. A votação será secreta e em cédulas de papel.
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O líder do PL foi acusado pelo PTB de ter articulado o esquema do mensalão dentro de seu partido. A deputada Raquel Teixeira (PSDB-GO) acusa Mabel de ter lhe oferecido R$ 1 milhão, mais R$ 30 mil mensais, para que migrasse para o PL, um dos partidos da base governista.
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