A Associação Nacional de Jornais (ANJ), por meio de nota divulgada hoje (1°) à tarde, afirmou que os repórteres da revista Veja Júlia Dualibi, Camila Pereira e Marcelo Carneiro “foram tratados pelo delegado Moysés Eduardo Ferreira como suspeitos e não como testemunhas”.
Os jornalistas prestaram depoimento na última segunda-feira (30) sobre um suposto vazamento de informações referntes à tentativa de compra de um dossiê, por ex-integrantes da campanha do presidente Lula, que envolveria políticos do PSDB com a máfia das ambulâncias.
A ANJ também declara na nota que “É lamentável que uma instituição como a Polícia Federal se preste ao papel de hostilizar jornalistas e um veículo de comunicação em função do trabalho jornalístico por eles praticado”.
Confira a íntegra da nota da ANJ
NOTA À IMPRENSA
A Associação Nacional de Jornais protesta com veemência contra a intimidação sofrida por repórteres da revista Veja durante depoimento prestado à Polícia Federal para investigação interna sobre o caso da tentativa de uso de um dossiê contra o PSDB antes das eleições.
Estranhamente, os repórteres Júlia Dualibi, Camila Pereira e Marcelo Carneiro foram tratados pelo delegado Moysés Eduardo Ferreira como suspeitos e não como testemunhas. Sofreram constrangimentos e ameaças, numa evidente tentativa de intimidar o livre exercício do jornalismo.
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É lamentável que uma instituição como a Polícia Federal se preste ao papel de hostilizar jornalistas e um veículo de comunicação em função do trabalho jornalístico por eles praticado. A liberdade de imprensa é um valor maior da democracia.
A Polícia Federal é uma instituição do Estado, a quem cabe servir a toda a sociedade. A ANJ espera que fatos como esse não se repitam e que a Polícia Federal cumpra suas atribuições nos estritos limites da lei, sem o pretender atemorizar profissionais ou empresa jornalística no exercício do legítimo direito e dever de informar os cidadãos.
Júlio César Mesquita
Vice-Presidente da Associação Nacional de Jornais
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