Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negaram recurso da coligação União pelo Pará, encabeçada pelo PSDB com outros 14 partidos, contra a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), por compra de votos. A decisão foi tomada por unanimidade na sessão de hoje à noite. A tese de acusação dizia que a petista teria se beneficiado de programas do governo federal para vencer a eleição.
Em outubro de 2006, quatro pescadores foram presos em flagrante acusados de compra de voto para a candidata do PT no município de Maracanã (163 km de Belém). Eles estavam distribuindo à comunidade de pescadores da região redes de pesca, congeladores e material de construção adquiridos por meio de convênio com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) junto com material de campanha à reeleição do presidente Lula e da candidata Ana Júlia.
O ministro relator do recurso ordinário, Caputo Bastos, disse que os bens apreendidos eram de programas federais para aquelas comunidades e que o aconteceu foi um ato desvinculado. Ele considerou que o material apresentado pela coligação adversária era frágil. A opinião do ministro foi acompanhada pelo resto do plenário.
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As instâncias inferiores, assim como o Ministério Público Eleitoral (MPE) do Pará, tiveram anteriormente o mesmo entendimento de que o TSE. O TRE-PA chegou a extingüir o processo, que chegou para os ministros na forma de recurso ordinário. (Mário Coelho)
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