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Dilma não poupou afagos ao PMDB em seu discurso. “É uma honra participar da convenção do partido que é o maior parceiro do meu governo. Parceria é sólida, produtiva e que, sem dúvida, terá uma longa vida”, declarou ela, segundo o portal UOL.
Ela afirmou que as lutas comuns a petistas e peemedebistas não começaram em 2010, na campanha presidencial daquele ano, mas nos anos de combate à ditadura militar. “Nossas lutas não começavam naquele momento. Aquelas lutas vinham da resistência democrática, onde nós forjamos o combate à opressão, onde forjamos um compromisso forte com a liberdade”, disse Dilma.
Em carta enviada aos peemedebistas, Lula também defendeu a aliança. “No meu governo, o PMDB deu uma contribuição fundamental. No governo da presidente Dilma, estreitamos ainda mais as nossas relações, e Michel Temer tem cumprido papel particularmente significativo”, escreveu ele, segundo a Folha de S.Paulo. “Lado a lado, com Dilma e Temer, garantiremos conquistas ainda maiores para o Brasil e para o povo brasileiro”, afirmou o ex-presidente, de acordo com a Agência Estado.
Chama
Já o vice-presidente disse não ver chances de separação entre os partidos. Temer lembrou que o símbolo do PMDB é uma chama. “Esta chama incendeia todos os corações do PMDB e tenho dito, com muita frequência: vamos manter essa aliança indestrutível PT-PMDB, com Vossa Excelência conduzindo os destinos do país para o bem e o aplauso do povo brasileiro”, afirmou.
Na convenção, líderes peemedebistas afirmaram categoricamente que a legenda vai apoiar a reeleição de Dilma, espantando qualquer possibilidade de Eudardo Campos (PSB) tomar o lugar deles na Vice-presidência. “Em 2014 vamos colher os frutos do nosso trabalho, da nossa competência, para tornar em 2014 Michel vice-presidente, a presidenta Dilma reeleita e o maior número de governadores”, disse o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN).
Porém, o presidente interino do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), disse que a “meta” é lançar um candidato próprio em 2018. “Temos que nos fortalecer mesmo com a reedição da chapa Dilma-Temer em 2014, mas prepararmos candidato próprio do PMDB para disputar a Presidência da República em 2018”, afirmou.
Irmanados
O presidente do PT, Rui Falcão, disse que a parceria com o PMDB é “histórica”. “Estamos irmanados no projeto de transformação do Brasil, e assim queremos continuar por muito tempo”, disse ele, segundo a Folha. A aliança “vai cada vez mais se aprofundar”, afirmou Falcão.
Na convenção de hoje, o PMDB deve dar mais um mandato para Michel Temer na presidência do partido. Como acontece hoje, ele deve se licenciar do cargo e deixá-lo nas mãos de Raupp. A Comissão de Ética da Planalto considera irregular a presidência de um partido e o exercício de um cargo no Executivo.
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