De acordo com reportagem do jornal O Globo, nomes como os ex-ministros Henrique Eduardo Alves (Turismo) e Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) são cotados para assumir o comando de algum ministério. Além deles, entre os aliados de Temer está o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu no STF, acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no esquema apurado pela Lava Jato. Cunha ainda responde a um inquérito que apura contas mantidas na Suíça.
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O próprio vice-presidente já foi citado por dois delatores do esquema de corrupção: Delcídio e o lobista Júlio Camargo, que contou ter repassado US$ 5 milhões a Cunha como propina. O nome dele também aparece em uma caderneta apreendida na sétima fase da Lava Jato com um executivo da Camargo Correa e numa troca de mensagens por telefone entre o ex-presidente da OAS Leo Pinheiro e Eduardo Cunha.
Os senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Valdir Raupp (PMDB-RR) também estão na lista de aliados de Temer, e possivelmente terão uma forte atuação em sua gestão. Jucá é investigado em inquérito aberto para apurar formação de quadrilha na Lava Jato, e Raupp também é investigado por formação de quadrilha e alvo de um segundo inquérito.
A delação do senador Delcídio do Amaral (s/partido-MS) revelou que os ex-ministros Eliseu Padilha (Aviação Civil) e Moreira Franco (Aviação Civil e Assuntos Estratégicos da Presidência) deram suporte para que o ex-petista assumisse a Diretoria de Gás e Energia da Petrobras, em 1999. Tanto Padilha quando Moreira Franco compõem o time de aliados de Temer e são cotados para assumir posições do primeiro escalão do governo Temer. Todos os investigados negam qualquer irregularidade.
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