Na condição de presidente interino, enquanto Lula visita países da África, o vice-presidente José Alencar elogiou hoje (21) o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), e voltou a criticar a política de juros do atual governo.
Um dos condecorados com a medalha da Inconfidência, em Ouro Preto (MG), Alencar disse que a manutenção da elevada taxa básica de juros é o único erro cometido por Lula. Para ele, a alta anunciada semana passada pelo Banco Central – de 11,25% para 11,75% – era desnecessária.
“O presidente é referendado como um homem sério e de absoluta segurança no trato da coisa pública e das questões ligadas à economia. O único erro que eu acho e bato contra é a política monetária", criticou.
"Os juros têm que cair para padrão de mercado internacional. Isso, do ponto de vista nominal, seria no máximo uns 5%, porque a taxa básica real média do mundo é menos de 1%", acrescentou.
José Alencar elogiou o governo de Aécio e disse que o “Brasil aplaudiria” muito um presidente mineiro. “Os brasileiros aplaudem o trabalho desse jovem que governa o estado”, declarou sobre o tucano. “Jovem, porém dotado de intensa experiência comprovada quando presidiu brilhantemente a Câmara dos Deputados e agora como governador de Minas, uma liderança incontestável", completou.
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De forma indireta, o presidente interino também defendeu a aliança entre o PT e o PSDB em Belo Horizonte, aprovada pelos diretórios municipal e estadual do PT e alvo de resistência da Executiva Nacional do partido. "Eu penso que tem que haver mesmo alianças, o Brasil tem 29 partidos políticos, então as alianças têm que acontecer e em cada cidade elas acontecem de maneira diferente, porque levam em conta afinidades pessoais dos dirigentes de cada partido. Também é natural que seja assim."
Várias personalidades foram condecoradas com a medalha da Inconfidência. Entre elas, o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), o ministro das Comunicações, Hélio Costa, o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), a deputada Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), o escritor Luis Fernando Veríssimo e a cantora Fernanda Takay. (Edson Sardinha)
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