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O deputado afirmou que o número de votos que pode receber é “irrelevante”, pois sua candidatura tem como objetivo discutir pontos cruciais para uma mudança no Parlamento. “Essa eleição tem que discutir elementos fundamentais que interessam à sociedade. Que Câmara dos Deputados nós queremos? Parece óbvio mas muitas vezes isso é esquecido aqui. Por exemplo, temos que lembrar que devemos representar a população”, disse aos demais deputados.
Chico Alencar questionou as propostas corporativistas dos colegas e afirmou que eles deixaram de mencionar questões importantes para a Casa, – como o fim do 14º e 15º salários e a reforma política – porque “perderiam muitos votos”. “O resultado que temos é o abismo entre a população e nós.Queremos um parlamento protagonista. E me espantou que nenhum candidato aqui tenha mencionado a reforma politica. […] Porque a porta de entrada da corrupção no Brasil é o financiamento público de campanha e depois as trocas de favores e de cargos políticos”, disse. O parlamentar defendeu ainda a transparência total dos gastos da Casa com a publicação de “cada centavo que for gasto”.
O candidato também chamou atenção para as denúncias recentes contra Henrique Alves, acusado de enriquecimento ilícito em ação de improbidade administrativa. “O PMDB da ‘moral homogênea’ aspira dirigir as duas casas do Congresso e conta com o apoio da base do governo e da oposição conservadora. Seus candidatos são bem conhecidos não como notáveis, apesar de antigos e experientes parlamentares, mas como notórios frequentadores de territórios nebulosos na vida pública”, afirmou Chico.
Em referência direta a uma denúncia contra Henrique Alves, o deputado do Psol defendeu a aprovação de um projeto de lei, de autoria do deputado Paulo Rubem Santiago (PDT-PE), proibindo a distribuição de emendas parlamentares para parentes e assessores de parlamentares. Citou outra proposta, da deputada Erika Kokay (PT-DF), que disciplina o trâmite das emendas. Nas últimas semanas, o peemedebista foi acusado de ter beneficiado uma empresa de um assessor com verba do Orçamento.
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