O presidente da Câmara Aldo Rebelo (PCdo B-SP) sinalizou hoje (28) não estar disposto a desistir de sua reeleição à presidência da Casa, mesmo que para isso tenha que disputar o cargo no voto com o candidato indicado pelo PT, Arlindo Chinaglia (SP). Aldo traçou sua estratégia de campanha em reunião com o líder do PFL, Rodrigo Maia (RJ), e representantes do PSB, PTB, PMDB e PCdoB em sua residência, em Brasília.
O deputado vai fazer viagens durante o recesso parlamentar para buscar o apoio dos governadores eleitos. Em troca, ele oferecerá empenho na votação de uma reforma tributária que transfira recursos da União para os estados, segundo informou um dos participantes da reunião.
Apesar da possibilidade de Aldo e Chinaglia disputarem a presidência da Casa no voto em plenário, o Planalto insiste para que a base aliada se articule para lançar somente um candidato na corrida ao cargo. Ontem, o PT cobrou apoio do presidente Lula para a eleição do deputado petista. Hoje, a avaliação de parlamentares é que a pressão do partido fortalece a candidatura de Aldo.
“O presidente do PT, senhor Marco Aurélio Garcia, cometeu uma intromissão inaceitável no processo de sucessão na Câmara e acabou fortalecendo a campanha de Aldo Rebelo", disse o líder da minoria, José Carlos Aleluia (PFL-BA), referindo-se à carta em que Garcia, presidente interino do PT, propõe um acordo com o PMDB para a eleição de Chinaglia. Em contrapartida, os petistas apoiariam a eleição de um peemedebista para a presidência da Câmara na segunda metade da legislatura.
Aldo Rebelo deve oferecer o mesmo tipo de acordo ao PMDB, segundo o líder do PCdoB na Câmara, Inácio Arruda (CE). "O Aldo é reeleito agora e indica o próximo presidente com o apoio desse grupo", disse Arruda.
Leia também
Leia outras notícias publicadas hoje:
Posse de Lula custará R$ 1,15 milhão
A cerimônia de posse do segundo mandato do presidente Lula vai custar R$ 1,15 milhão, menos da metade dos R$ 2,5 milhões da festa da primeira posse, em 2003. Os maiores gastos, em 1º de janeiro, serão com cinco telões de LCD que ficarão na Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes a um custo de R$ 270 mil.
O governo deve gastar ao menos R$ 60 mil para levar a Brasília pessoas beneficiadas por seus programas sociais e outras iniciativas. Estão previstos R$ 50 mil só para passagens aéreas e de R$ 10 mil a R$ 15 mil para hospedagem e alimentação dos convidados.
O restante cobrirá despesas com produção, sistema de som, aluguel de palco, camarins, toldos, grades de proteção, banheiros químicos, passagens aéreas de artistas, hospedagem, refeição e área de apoio à imprensa. Os gastos serão rateados entre a Presidência e o Ministério da Cultura.
Em relação à posse anterior, a expectativa é modesta também em termos de público. Em 2003 eram esperadas 200 mil pessoas para a festa. Em 2007, menos da metade.
O cerimonial da Presidência confirmou que nenhum ministro tomará posse, apenas o presidente Lula. Também não é aguardado nenhum chefe de Estado ou de governo. Entre 1.500 e 1.600 pessoas foram convidadas para participar da cerimônia, entre elas deputados, senadores, governadores, prefeitos, dirigentes de entidades sindicais e amigos do presidente.
Lula chegará à Catedral de Brasília por volta das 15h30, quando subirá no Rolls-Royce da Presidência e desfilará em carro aberto até o Congresso. No plenário da Câmara, fará um discurso. Em seguida, o presidente irá para o Palácio do Planalto. Lá, subirá no parlatório, de onde fará discurso voltado para a Praça dos Três Poderes.
Aposentadorias serão reajustadas pelo INPC
Os aposentados que ganham mais de um salário mínimo terão os benefícios reajustados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A alteração foi oficializada ontem (27), após a publicação no Diário Oficial da União da lei 11.430, que modifica a legislação previdenciária.
Antes da aprovação da lei, não havia um índice fixo para reajustar as aposentadorias maiores que o salário mínimo e, apesar do índice não ultrapassar os 3%, os sindicatos poderão solicitar aumentos maiores para cada categoria. "Não quer dizer que vai ser só o INPC", disse o presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas da Força Sindical, João Batista Inocentini.
A previsão é que as negociações com o governo por aumentos maiores comece já em fevereiro.
Índice usado para reajuste de aluguéis fecha em 3,8%
Utilizado como referência para o reajuste de contratos de aluguéis e tarifas de energia elétrica, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) ficou em 3,83% no acumulado de 2006. Essa é a terceira menor taxa anual da série histórica do índice apurada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), atrás apenas dos índices registrados no ano passado (1,21%) e em 1998 (1,78%). O IGP-M de dezembro, divulgado hoje pela FGV, ficou em 0,32%, diante do 0,75% registrado em novembro.
O Índice de Preços por Atacado (IPA), que tem peso de 60% do IGP-M, registrou alta de 0,29% em dezembro, ante 1,02% em novembro. Em 2006, o IPA registrou elevação acumulada de 4,40%; o IPC de 1,90% e o INCC de 5,04%. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem participação de 30% sobre o indicador geral, avançou 0,39% em dezembro, ante 0,27% em novembro. O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), que representa 10% do IGP-M, teve expansão de 0,30% em dezembro em comparação com 0,23% em novembro.
Termina hoje (28) prazo para eleitor justificar voto
O eleitor que não votou no segundo turno, em 29 de outubro, só tem até hoje (quinta-feira, 28) para justificar sua ausência. Para a justificativa, o eleitor deve comparecer ao cartório eleitoral munido de documentos que comprovem o motivo da ausência à votação. Não é necessário que seja o cartório no qual está inscrito.
Segundo o Código Eleitoral, o eleitor que não votar nem se justificar em até 60 dias pode ser multado. Se isso ocorrer por três turnos seguidos, seu título será cancelado. E se não pagar a multa, o eleitor não pode tirar documentos de identidade ou passaporte. O prazo para quem não votou nem justificou no primeiro turno venceu no dia 30 de novembro. A justificativa não pode mais ser feita nas agências dos Correios.
Deixe um comentário