O presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo, rebateu a acusação que o deputado Givaldo Carimbão (PSB-AL) fez a ele de ter tomado sozinho a decisão de transferir as investigações sobre a máfia das ambulâncias à Procuradoria Geral da República (PGR). O presidente da Câmara garantiu que conversou pessoalmente com várias lideranças partidárias e com os integrantes da Mesa Diretora da Câmara, inclusive com Carimbão, sobre o procedimento a ser adotado.
A informação de Aldo Rebelo pode ser confirmada no pronunciamento que ele fez em Plenário no dia 24 de maio, em resposta ao deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) que questionava justamente a transferência da investigação à PGR.
No discurso, Aldo disse que conversou também com os corregedores da Câmara, Ciro Nogueira, e do Senado, Romeu Tuma, sobre o procedimento. O motivo alegado para a mudança das investigações é que a Corregedoria não tem estrutura para levar adiante uma apuração desse porte, que envolve muitos parlamentares de uma vez só.
Segundo o deputado Givaldo Carimbão, que é suplente de secretário da Mesa da Câmara, a Corregedoria já havia colhido o depoimento de dez pessoas envolvidas no caso, entre eles o do delegado da Polícia Federal que chefia as investigações, Tardelli Boaventura; do procurador da República que pediu a prisão dos acusados, Mário Lúcio Avelar (de Mato Grosso); do dono da Planam, Darci José Vedoin; e do filho dele, Luiz Antônio Trevisan Vedoin.
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No entanto, Aldo entendeu que “a cada depoimento dos envolvidos, funcionários ou integrantes da empresa PLANAM, o número de Parlamentares citados variava de algumas dezenas para centenas. Em face disso, a Corregedoria manifestou a dificuldade de promover a investigação dentro de um amplo espectro, com condições de fazer justiça a quem merece e de punir, de investigar com mais profundidade o envolvimento de quem tiver alguma responsabilidade”, e, por isso, adotou o procedimento de transferir para a PGR as apurações.
Carimbão acredita que a transferência da investigação para PGR pode atrasar a punição dos envolvidos no esquema das ambulâncias. O deputado alega que a PGR vai apurar o caso apenas judicialmente enquanto que a Corregedoria investigaria se há ou não quebra de decoro dos parlamentares citados no caso.
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