Os parlamentares da chamada "terceira via" ainda não decidiram o nome do candidato à presidência da Câmara, mas já estão articulando uma aliança com o atual presidente Aldo Rebelo (PCdoB) para um eventual segundo turno contra o petista Arlindo Chinaglia (SP). A crise instaurada no PSDB após o anúncio do líder, Jutahy Júnior (BA), de apoio a Chinaglia sucedida pelas críticas de FHC e do presidente do partido, Tasso Jereissati, deu novas foças aos outros candidatos. Com isso, os grupo de deputados do PV, PPS e PSB que defendem um nome alternativa se movimentaram para tentar desgastar a candidatura petista.
Em matéria publicada pelo G1, um dos interlocutores do acordo entre o Aldo e a terceira via afirma que Chinaglia se tornou um "inimigo em comum" dos dois grupos. Segundo esses parlamentares, a união antecipada das duas forças favorece apenas Chinaglia, dando-lhe possibilidades de vencer ainda no primeiro turno. Motivo pelo qual, eles só se aliarão na segunda etapa. "A candidatura da terceira via pode ser importante porque estabelece um papel de fiscalização e compromisso com a Câmara. Mas nossa expectativa, e certamente isso deve acontecer, é que estejamos juntos no segundo turno", disse o líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ).
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Dois dos principais interlocutores da terceira via, Raul Jungmann (PPS-PE) e Fernando Gabeira (PV-RJ) têm demonstrado afinação com Rodrigo Maia, com quem têm conversado. "O futuro da terceira via é ter candidato e disputar, mas acho que tudo favorece para uma unidade no segundo turno, seja qual candidato for para a disputa com o Chinaglia", afirmou Jungmann.
Apesar de se mostrarem abertos ao nome de Aldo, o grupo não desistirá de lançar a candidatura ainda nesta semana. "Em política, nunca descartamos nada. A nossa intenção é lançar um nome para defender nosso programa, principalmente sobre o aumento salarial. Vamos esperar um pouco. Precisamos conversar primeiro nesta semana", disse Gabeira.
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