O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), confirmou ontem que deixará o cargo até 1º de abril para tentar concorrer à sucessão presidencial. Alckmin não descarta uma renúncia antecipada em até dois meses, já no início de fevereiro. O gesto forçaria uma tomada de posição por parte do prefeito José Serra (PSDB), que ainda analisa o melhor momento para anunciar sua eventual saída da prefeitura.
“Pela lei, quem quiser ser candidato, se no dia 2 de abril estiver no governo está inelegível. Então nós vamos sair antes”, afirmou o governador, após evento numa escola da zona sul de São Paulo, referindo-se ao prazo de desincompatibilização de quem tem cargo no Executivo para concorrer nas eleições de outubro.
Até o final de 2005, o governador mantinha aberta a possibilidade de permanecer até o fim do mandato, em 31 de dezembro, caso não fosse o escolhido do PSDB para concorrer ao Planalto, informa a Folha de S. Paulo.
Pesquisas de opinião indicam que o prefeito de São Paulo ficaria à frente de Lula já no primeiro turno e ganharia com boa vantagem no segundo. Já o governador paulista aparece atrás do presidente no primeiro e empatado tecnicamente com o petista no segundo.
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“Essas pesquisas com tanta antecedência, esquece, esquece… Isso aí é tudo fotografia do passado, não tem nada a ver com o futuro”, tentou desqualificar Alckmin. “A pesquisa é um instrumento, não é um fator decisivo, mas é um fator orientador”, completou.
O governador paulista afirmou que não pensa em disputar uma vaga no Senado caso não seja escolhido para disputar a sucessão presidencial. “Sou candidato a trabalhar pelo Brasil e gosto do executivo. Sou candidato a presidente da República, vou trabalhar, acho que as coisas estão indo muito bem, estão caminhando naturalmente”, disse.
Com a saída de Alckmin, São Paulo deve ser governado até 31 de dezembro pelo vice-governador, Cláudio Lembo (PFL). Os pefelistas também podem ficar com a prefeitura da maior cidade do país se Serra também se afastar do cargo até março. Nesse caso, a cidade será comandada pelo ex-deputado Gilberto Kassab (PFL).
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