O candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin (PSDB), em sabatina que está sendo promovida agora pelo jornal O Estado de S. Paulo, afirmou que se confirmada, no domingo (29), a vitória do presidente Lula, o Brasil verá "um pouco mais do mesmo" e perderá a oportunidade de conferir a força que o novo traz.
Alckmin também ressaltou a necessidade que o país tem de uma reforma política, com fidelidade partidária, para melhorar a governabilidade. Ele declarou que a reforma será feita ainda no início do governo dele, caso vença a eleição. "Isso deve ser feito no primeiro ano, com time novo, com o empuxo das urnas, com mais legitimidade para poder implementá-la", disse.
Entretanto, o tucano não tem o mesmo otimismo em relação a Lula. "Eu não acredito que essas reformas avancem. Acho que o Brasil vai ficar quatro anos, na hipótese de meu adversário ganhar, esperando a próxima", ressaltou.
Além disso, o presidenciável afirmou que não se faz acordo em torno de poder, mas de propostas e condenou o que chamou de viés autoritário do PT. "O PT só tem projeto de poder. Falta patriotismo, uma política feita em torno do bem comum e não essa coisa de ganhar a qualquer custo", disse.
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Sobre as acusações de Lula de que a volta dos tucanos ao poder traria de volta a política de privatizações do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Alckmin primeiro respondeu que "as privatizações trouxeram benefícios", citando a Embraer, Vale do Rio Doce e a telefonia.
Depois disse que a proposta dele "não é vender ativos do Estado". "Mas trazer a iniciativa privada para investir em áreas como a de Logística e em setores estratégicos. Eu defendo a Parceria Pública Privada", declarou o tucano.
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