A campanha eleitoral gratuita de TV e rádio começou há um mês, no dia 15 de agosto, mas só na quarta-feira (20) é que o candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin (PSDB) lançará o programa oficial de governo. Em cerimônia, que será realizada no Rio de Janeiro, o presidenciável destacará, dentre outros pontos, que o primeiro ano de mandato será marcado por um "forte ajuste fiscal" e pela realização de um plano de obras de emergência.
"Vai ser preciso fazer um aperto fiscal e cortar todos os gastos supérfluos", disse o coordenador do programa de governo do partido, João Carlos de Souza Meirelles. Entretanto, Meirelles ressaltou que esse aperto não resultará em aumento de impostos.
Dentre as propostas que serão apresentadas estão as obras nas estradas. Sendo que algumas intervenções serão consideradas fundamentais, como a duplicação de duas rodovias (BR-101 e BR-116) e a recuperação de todo o sistema viário do país.
"A ênfase do programa de governo é a geração de emprego. Precisamos do país com estradas em ordem para facilitar o escoamento e, com isso, aumentarmos as exportações. A palavra de ordem para o Brasil é emprego, emprego e emprego", disse Meirelles.
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O documento, com cerca de 60 páginas, não especificará metas numéricas em nenhuma das áreas abordadas. Segundo Meirelles, o motivo é o fato do Orçamento da União de 2007 ser do governo Lula. "O orçamento do primeiro ano todo mundo sabe que vem carregado de custeio. Lula aumentou tremendamente o custeio. A intenção foi fazer um programa realista para que tudo seja feito de maneira decente, e não demagogicamente", ressaltou o coordenador.
Novela do lançamento
A demora no lançamento do programa de Alckmin foi por causa da indecisão do partido em relação ao formato. Primeiro, o PSDB definiu que lançaria as propostas em 15 de agosto. Depois, decidiu fragmentar os 31 temas, dividindo o documento em fascículos. O partido chegou a disponibilizar 14 temas no site do candidato.
Porém, na semana passada, devido a crise interna tucana (esquentada pela divulgação da carta do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso), uma nova estratégia foi traçada. Para apaziguar os ânimos dentro da legenda, o ato de lançamento se transformou em uma tentativa de pacificar o partido.
Por isso, a data foi mais uma vez alterada para que os principais líderes do PSDB estejam presentes e unidos na apresentação das propostas do presidenciável em um caderno único.
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