O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, a cada dia endurece mais o seu discurso contra o PT. Ontem, ele acusou o governo Lula de ser a "matriz" da máfia dos sanguessugas. Até agora, a CPI dos Sanguessugas listou a participação de 116 parlamentares e ex-parlamentares no esquema de compra de ambulâncias superfaturadas por meio de emendas parlamentares.
"Os deputados são as filiais, mas a matriz é o governo federal. É de lá que sai o dinheiro, é do ministério, quem libera o recurso tem o dever de controlá-lo e punir essa cadeia que se estabelece para tirar dinheiro da população", acusou Alckmin.
Perguntado sobre a possibilidade de o nome do ex-prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), que foi ministro da Saúde na gestão FHC, ser incluído na lista, Alckmin foi mais comedido: "Não vi detalhes, de que forma apareceu [o nome de Serra], tem que ter cuidado com essas coisas. Mas investigar, esclarecer é bom para todo mundo".
A candidata do Psol à Presidência, senadora Heloísa Helena (AL), preferiu dizer que o esquema de corrupção começou no governo passado. "Se acontecia no governo passado e agora no governo Lula continuou acontecendo, com requinte de vigarice política inaceitável, precisamos dizer ao povo brasileiro para poder desmontá-lo".
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A senadora defendeu a adoção do Orçamento participativo e impositivo para evitar que o desvio de recursos se repita. Com isso, segundo ela, a peça orçamentária seria elaborada com a participação da sociedade e a execução das despesas aprovada pelo Legislativo, em vez de autorizativa, seria obrigatória.
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