O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, garantiu hoje à noite em entrevista ao jornal SBT Brasil que a legenda expulsará todos os parlamentares envolvidos em corrupção. Ele também falou de seus planos para reduzir o tamanho do Estado e da reforma fiscal que pretende implementar, caso seja eleito.
O candidato relatou que conversou com o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), e ficou definido que o partido não apenas negará legenda aos envolvidos em corrupção, como também expulsará aqueles que comprovadamente tiverem responsabilidade em casos de desvio de recursos públicos.
Isso já valerá, esclareceu, para os tucanos envolvidos na máfia das ambulâncias. “A nossa parte nós vamos fazer. Agora precisamos verificar a origem de tudo isso”, afirmou, acrescentando que “o dinheiro não nasce no Congresso, o dinheiro nasce do Executivo”.
Segundo lista publicada hoje pelo jornal Folha de S. Paulo, de 128 parlamentares e ex-parlamentares suspeitos de participação no caso dos sanguessugas, sete são do PSDB e 11 do PFL, partido que indicou o vice na chapa de Alckmin (o senador pernambucano José Jorge).
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Ao ser questionado sobre a taxa de juros do Brasil, o candidato respondeu que para baixá-la será necessário melhorar a questão fiscal. “O governo gasta muito e gasta mal. A solução é melhorar a qualidade do gasto público. Assim, será possível baixar os juros”.
Embora seja a favor da redução de impostos, Alckmin não garantiu que acabará com a CPMF, tributo sobre movimentação financeira implantado em 1993 em caráter provisório e mantido até hoje.
“Antes de acabar com a CPMF, vai ser necessário fazer a reforma tributária”, disse. E citou a informalidade como um dos principais problemas do país. “Hoje metade da mão-de-obra economicamente ativa não está registrada, não tem carteira assinada”.
Cortes
Geraldo Alckmin criticou a quantidade de cargos comissionados mantidos pelo atual governo. Para ele, a quantidade de ministérios – 35 – também é um exagero. Para otimizar as contas do governo e evitar fraudes como as reveladas pela Operação Sanguessuga, ele propõe a adoção do sistema de compras eletrônicas.
“Nós economizamos no estado de São Paulo R$ 4 bi em três anos e meio através das compras eletrônicas, do leilão eletrônico”, destacou. E concluiu: “No governo, tudo tem que ser comprado ou pela bolsa eletrônica de compras ou pelo pregão”.
Alckmin acredita que o corte nos gastos públicos será uma vacina contra a corrupção.
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