Escolhido na terça-feira o candidato tucano à presidência da República, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, concedeu duas longas entrevistas, publicadas nas edições de hoje dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo.
Ao jornal paulista, Alckmin disse que seu programa de governo se pautará pela discussão do emprego e da renda, com ênfase na educação. Deixou claro que mudará, sim, a atual política econômica, a partir de uma reforma fiscal e tributária – que ele pretende encaminhar ao Congresso, se eleito, na sua primeira semana de governo, junto com a reforma política.
“O Brasil ainda está pagando o ‘custo PT’. Você passa 25 anos falando uma coisa e depois, no governo, faz outra, isso tem um custo. As doses todas precisam ser mais altas para ter resultado melhor. A diferença entre remédio e veneno é uma questão de dose”, criticou Alckmin, que é médico por formação, em entrevista ao jornalista Carlos Macchi.
Já na entrevista concedida a Flávio Freire, de O Globo, Alckmin falou mais sobre sua escolha para a disputa presidencial, em detrimento do prefeito José Serra, e do eventual confronto entre as realizações de sua administração e o governo Lula. O candidato tucano se disse confiante “na mudança” e “até surpreso” com sua atual intenção de voto.
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“Imaginava começar o horário eleitoral, em agosto, com um dígito, 8%, 9%. Ter 20% e ainda ser pouco conhecido do eleitor é um piso alto”, declarou.
“Entendo que as possibilidades da nossa candidatura são muito boas. Temos grande chance de ir ao segundo turno. Ainda vou crescer. Não é possível um governo e um partido do governo tão envolvidos com mentira. O povo está desencantado. Há um abismo entre falar e fazer”, afirmou Alckmin, que também criticou decisões judiciais que impediram a apuração de casos de corrupção que abalaram o governo petista.
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