Em depoimento à CPI do Apagão Aéero da Câmara, o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, disse que o Airbus 319 da Presidência da República nunca decola se um dos reversos estiver desligado. Na tragédia em Congonhas, quando 199 pessoas morreram, o Airbus 320 da TAM tinha um dos equipamentos, que serve para auxiliar na frenagem em pouso, travado.
"Por norma de segurança, e por transportar o mais alto mandatário, o Grupo de Transporte Especial não permite o vôo com reverso pinado. Mas isso é norma de segurança porque transporta presidente da República", disse Saito, segundo o portal G1.
A oposição reclamou e exigiu que as aeronaves comerciais também tivessem sempre o reverso em funcionamento. “A regra tem que ser igual para todos. Se tem alguma medida de segurança, tem que ser igual para o presidente da República e para o seu João", disse o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR). Em depoimento à CPI na semana passada, o presidente da TAM, Antônio Bologna, garantiu que nenhuma aeronave da empresa voa, atualmente, com o reverso travado ou “pinado”.
Juizados especiais
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, anunciou hoje a criação de juizados especiais nos principais aeroportos brasileiros. Ela se reuniu com representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Infraero, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e das empresas aéreas para tratar do assunto.
Ellen Gracie anunciou que uma comissão vai ser criada para cuidar do assunto e detalhar como funcionarão os juizados. “A previsão é que até o final do mês eles estejam em funcionamento, ao menos nos aeroportos do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Brasília”, informou um comunicado do STF.
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