Embora os ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC) tenham diminuído, a situação em São Paulo ainda é tensa.
Neste sábado, os agentes penitenciários entraram em greve. A paralisação atinge pelo menos dez dos 144 presídios do estado. Em alguns deles, como no complexo Campinas-Hortolândia, as visitas aos presos foram suspensas.
A greve, convocada pelo Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp), irá até amanhã, como represália pelo assassinato de um agente e de um funcionário do sistema penitenciário em Campinas, na última semana.
Ontem à noite (sexta, 14), ocorreu mais um homicídio atribuído ao PCC. O tenente aposentado da Polícia Militar Neuton Santos Ramos, 57 anos, foi morto por quatro homens armados, três deles encapuzados, em Praia Grande, no litoral paulista. O grupo invadiu a casa de Neuton, que se encontrava dormindo com a mulher e o filho de sete anos.
Conforme relato da viúva do tenente, os homens a renderam e obrigaram a criança a acordar o pai. Em seguida, o tenente foi levado até o quintal, onde foi esfaqueado e baleado. Os bandidos foram embora sem levar nenhum bem da família.
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Depois de ter aterrorizado São Paulo, o PCC iniciou a nova onda de atentados na última terça-feira. Foram atacados prédios públicos, agências bancárias, lojas, ônibus e caminhões de lixo. Segundo a polícia, os ataques produziram pelo menos seis mortes.
Na capital paulista, o recolhimento de lixo está sendo retomado hoje com escolta da Guarda Municipal. Três caminhões da empresa EcoUrbis, responsável pelo serviço, foram incendiados na região Leste de São Paulo, o que a levou a suspender a coleta na quinta-feira.
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