Entre os três poderes, o Judiciário é o que conta com menos coberturas investigativas e aprofundadas feitas pela imprensa brasileira. É nesse contexto que a Agência Pública de Jornalismo Investigativo lança seu sexto concurso de microbolsas para reportagens e convoca jornalistas independentes de todo o Brasil a pensarem em pautas sobre o sistema Judiciário.
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Com apoio do Instituto Betty e Jacob Lafer, o concurso vai distribuir bolsas no valor de R$ 5 mil para as cinco melhores propostas de pauta sobre o Poder Judiciário. As inscrições vão até o dia 29 de fevereiro e devem ser feitas pelo formulário disponibilizado junto com oregulamento do concurso no site da Pública. As pautas vencedoras serão selecionadas e receberão orientação e mentoria das diretoras da Agência Pública, Marina Amaral e Natalia Viana.
“Como nos outros poderes, o Judiciário precisa ser monitorado e cobrado pelos cidadãos para ter um bom funcionamento. É também esse o papel do jornalismo de interesse público: expor os problemas que acossam o nosso Judiciário, como por exemplo a parcialidade, a corrupção e a morosidade que contribuem para a ausência de uma Justiça efetiva e igualitária”, dia Natalia Viana. Serão aceitas pautas que tenham como objetivo investigar o sistema judiciário brasileiro em qualquer de suas esferas. A Agência Pública incentiva jornalistas de todo o Brasil a participar.
Para fazer a inscrição, o repórter deve apresentar uma pré-apuração da pauta, plano de trabalho e plano de orçamento. Os critérios para a escolha dos vencedores são consistência na pré-apuração, experiência e capacidade do repórter de realizar matérias de forma independente, segurança e viabilidade da investigação e ineditismo e relevância da pauta.
Microbolsas
Desde 2011 a Agência Pública promove concursos de microbolsas para repórteres independentes. O projeto tem como objetivo fomentar o jornalismo independente e investigativo no país, apoiando repórteres que nem sempre encontram espaço nas redações para reportagens aprofundadas. Ao todo, as cinco edições anteriores distribuíram 89 mil reais em microbolsas e financiaram 20 reportagens.
Três investigações realizadas através do projeto foram premiadas: “Severinas”, minidocumentário de Eliza Capai foi finalista do Prêmio Gabriel Garcia Marques 2014; “Cadeias Indígenas na Ditadura”, reportagem de André Campos, foi finalista do Prêmio Iberoamericano de Periodismo 2014; e “Jovens negros na mira de grupos de Extermínio na Bahia”, de Lena Azevedo) recebeu uma menção honrosa no Prêmio Abdias do Nascimento 2013. Em 2015, reportagens ganhadoras de microbolsas foram publicadas pelos jornais Zero Hora (RS) e O Povo (CE).
SERVIÇO
Inscrições: de 20/01 a 29/02
As inscrições devem ser feitas através do formulário: http://goo.gl/forms/lVNd14se2H
Informações e dúvidas: (11) 3661-3887
Divulgação do resultado: 07/03
Regulamento no site: http://goo.gl/blrm8D
Sobre a Agência Pública: A Agência Pública aposta em um modelo de jornalismo sem fins lucrativos para manter a independência. Fundada em 2011, funciona como uma agência de notícias que publica reportagens investigativas e distribui conteúdo para mais de 60 republicadores. Todo o conteúdo pode ser livremente reproduzido sob a licença Creative Commons. Tem como missão produzir reportagens de fôlego pautadas pelo interesse público – visando ao fortalecimento do direito à informação, à qualificação do debate democrático e à promoção dos direitos humanos. Além das campanhas de crowdfunding, a Agência Pública conta com financiamento de instituições de peso e renome internacional, como a Fundação Ford e a OAK Foundation. http://apublica.org/
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