Fábio Góis
O PTC formalizou neste sábado (26) a candidatura do ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia para o cargo de deputado federal. Os primeiros indícios de que Agaciel seria candidato a um cargo eletivo em 2010 foram revelados pelo Congresso em Foco em 22 de fevereiro. Na ocasião – e diante de evidências como calendários distribuídos na periferia de Brasília e adesivos em carros de servidores do Senado –, ele negou a intenção.
“Não sou candidato a nada”, garantiu o servidor do Senado, instalado em uma sala na Subsecretaria de Pesquisas do Instituto Legislativo Brasileiro, para onde foi transferido depois de afastado da Diretoria Geral da Casa (confira a reportagem). A mudança de posto de trabalho foi decorrência de denúncias diversas, algumas ainda sob apuração.
Em 10 de fevereiro, Agaciel completou 33 anos de Senado, em trajetória marcada tanto pela polêmica quanto pelo bom trânsito nos bastidores políticos de Brasília. Em 2009, protagonizou denúncias de envolvimento em trens da alegria e atos secretos registrados durante os 14 anos em que esteve à frente da Diretoria Geral. Nada disso o dissuadiu a lançar candidatura.
“O fato é que não me beneficiei de nada no Senado. Sai no jornal, mas ninguém acredita, porque as pessoas me conhecem e sabem que não fiz nada disso”, nega Agaciel, confiante na simpatia que amealhou entre cerca de 10 mil servidores, número aproximado do quadro funcional. Muitos deles – a julgar pela quantidade de adesivos exibidos nos estacionamentos ao redor da Casa – são potenciais eleitores que fazem questão de sinalizar em quem votarão.
Integrante de um clã político arraigado no Rio Grande do Norte – com ramificações por estados como Paraíba e Rio de Janeiro, cujo mais notório representante é o ex-prefeito fluminense César Maia –, Agaciel é irmão do deputado federal João Maia (PR-RN). O ex-diretor-geral tem parentesco distante com o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), pai do deputado Felipe Maia (DEM-RN).
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