“Desde o final do ano passado, o PSDB assumiu compromisso com Júlio Delgado. O PSDB agirá como partido político. O PSDB não se permitirá cooptações individuais, qualquer candidato que acha que poderá fazê-lo irá se frustrar. O PSDB votará em Júlio Delgado na sua integralidade. É o que eu espero”, disse Aécio após a reunião. Mesmo com o apelo do senador mineiro, ainda existe a expectativa que o partido não entre na sua totalidade na campanha de Júlio Delgado. No entanto, acredita-se que o número de dissidências não será alto.
Cunha tentou convencer os tucanos com a primeira-vice-presidência, cargo estratégico tanto na Câmara e no Congresso. Além disso, sinalizou com a formação de um bloco partidário que propicie mais espaço para o PSDB nas comissões permanentes. Por ter a fama de cumpridor de acordos, uma parte da bancada, que não acredita na viabilidade de Delgado, defendia o desembarque da candidatura do pessebista. Outra entende que é preciso marcar uma posição de oposição e não votar, ao menos no primeiro turno, em um candidato da base.
“No momento que existem duas candidaturas da base governista e uma candidatura que se coloca como independente e que surge a partir da iniciativa de um partido político que, inclusive no segundo turno esteve conosco na última eleição presidencial, o caminho natural do PSDB é fortalecer a candidatura do deputado Júlio Delgado. É a candidatura que, a meu ver, apresenta as melhores condições de garantir a independência fundamental que a Câmara dos Deputados não teve nos últimos anos”, afirmou.
Mesmo após as declarações, deputados apelaram a Aécio para que o partido não permanecesse vinculado à candidatura de Delgado. O senador, de acordo com relatos, teria pedido para que a unidade do partido fosse mantida. Como ele mesmo articulou o apoio ao pessebista, estaria em jogo sua autoridade dentro do partido. Em paralelo, uma das reclamações de parte da bancada é que ele fechou o acordo sem consultar os deputados que tomarão posse no domingo.
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