O senador e candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB-MG) criticou a condução do governo Dilma Rousseff (PT), sua adversária nestas eleições, na economia e nas relações internacionais. Ele afirmou que o governo de Dilma “se precipitou” ao divulgar nota sobre os ataques de Israel na Faixa de Gaza, em ofensiva contra o grupo Hamas. “Temos que condenar o uso excessivo de força de Israel, mas também temos que condenar as ações do Hamas com lançamento excessivo de foguetes”, disse Aécio neste sábado (26), em São Paulo.
“Faltou uma palavra mais clara de convocação ao cessar-fogo”, continuou o tucano. “O Brasil se precipitou.”
Aécio também comentou a postura dos analistas financeiros ao analisarem a economia brasileira. Neste mês, o banco Santander chegou a informar seus clientes que a reeleição de Dilma significaria a “piora” nos índices econômicos, mas, depois que a informação foi revelada, a instituição pediu desculpas. Reportagem do jornal Folha de S.Paulo revela que duas consultorias econômicas preveem a vitória do tucano devido aos problemas do país; outras duas veem vitória da petista apesar das dificuldades econômicas.
Para Aécio, os mercados financeiros estão céticos e sem esperanças. “Há uma coisa essencial em economia: expectativa. Essas avaliações mostram que o atual governo perdeu a capacidade de gerar expectativas positivas, seja nos agentes internos, seja nos agentes externos”, afirmou ele.
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Silêncio
Porém, o senador continuou fugindo de responder se usou ou não o aeroporto instalado em uma terra de seu tio-avô no município de Cláudio (MG). A pista foi construída com dinheiro público quando Aécio era governador de Minas. A posse do terreno é da família do senador, que ficava com as chaves até o início da semana. Mas, após a publicação de reportagens na imprensa, a prefeitura da cidade passou a dizer que a posse das chaves da pista era da prefeitura.
Hoje, Aécio fugiu do tema novamente, apesar de questionado desde o início da semana por jornalistas. “Sobre esse assunto já dei todos os esclarecimentos que julgava necessários. Se quiserem falar sobre o Brasil, estou aqui”, disse.
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