Os advogados da facção criminosa PCC Maria Cristina de Souza Rachado e Sérgio Weslei da Cunha foram indiciados hoje pela Polícia Legislativa do Congresso. Os dois são acusados de comprarem o CD com o áudio de uma sessão secreta da CPI do Tráfico de Armas do funcionário terceirizado Arthur Vinicius Pilastre Silva, que também foi indiciado.
Arthur confirmou à CPI que vendeu o CD por R$ 200 aos dois advogados. O áudio contém o depoimento dos delegados da Polícia Civil de São Paulo Godofredo Bittencourt e Rui Ferraz Fontes. Os dois contaram à Comissão sobre a transferência dos presos das penitenciárias do estado de São Paulo.
Com o CD em mãos, os advogados do PCC teriam repassado as informações aos líderes da facção, entre eles Marcos Willian Herba Camacho, o Marcola, que detonou a série de ataques a postos policiais e as 80 rebeliões nos presídios que convulsionaram São Paulo no mês passado.
O inquérito foi encaminhado à justiça é baseado nos depoimentos dos três indiciados à CPI e de pessoas que tiveram contato com eles no shopping onde foi feita a degravação do depoimento. O Ministério Público vai analisar o inquérito e decidir se aceita a denúncia.
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Ontem, os dois advogados foram suspensos pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) paulista por 90 dias.
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