Em entrevista coletiva concedida nesta tarde, o advogado Nelson Passos Alfonso, que defende Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão do presidente Lula, disse que seu cliente não tem estudo nem preparo para ser lobista.
Segundo Alfonso, Vavá cursou apenas o Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização), projeto mantido pelo governo federal durante a ditadura militar para ensinar jovens e adultos a ler e escrever. “Meu cliente não teria condições de fazer qualquer tipo de lobby. Ele não tem preparo para esse tipo de procedimento. Posso afirmar que nunca fez, nunca recebeu e nem nunca pediu favores desse tipo”, afirmou.
O advogado também sustentou que seu cliente jamais freqüentou o meio político em Brasília. “Ele me disse que nunca esteve em um ministério. Não tem condições de se portar em frente a um ministro, não tem preparo para isso. Lobby, apresentações, credenciais, ele não fez”, disse.
O irmão do presidente foi indiciado na Operação Xeque-Mate da Polícia Federal, que investiga a exploração de máquinas caça-níqueis, por tráfico de influências e exploração de prestígio.
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Também presente na coletiva, o filho de Vavá, Edson Inácio Marin da Silva, disse que o pai se referia a maquinas de terraplagem nas conversas com o ex-deputado estadual Nilton Servo. Ele não disse, no entanto, para quem o serviço seria realizado. Nas gravações telefônicas feitas pela PF, os dois falam sobre o "negócio das máquinas".
Segundo Alfonso, Vavá tem "total inocência" no caso. "As acusações estão ocorrendo só com base em indícios da Polícia Federal, mas não existem provas", disse o advogado.
Ao ser questionado pelos jornalistas se a referência à pouca escolaridade de Vavá não seria apenas uma estratégia de defesa, Alfonso foi enfático: “De forma alguma. Ele é um homem simples. Não o estou desrespeitando”, respondeu. O irmão do presidente Lula não participou da coletiva, concedida em São Bernardo do Campo (SP).
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