O senador baiano Antonio Carlos Magalhães (PFL), ao fazer pronunciamento da tribuna do Senado, nesta segunda-feira, mudou a retórica e passou a defender a abertura de um processo de impeachment contra o presidente Lula. Até agora, o senador dizia que o impeachment seria feito pelas urnas, nas eleições deste ano.
Ele não esclareceu as razões que o levaram a mudar de posição, mas citou a denúncia dos envolvidos no mensalão feita pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza. "Mesmo que não seja votado a tempo, temos que entrar com pedido de impeachment", afirmou. "Até por muito menos, por um Fiat Elba (que ganhou de presente), o presidente Collor foi posto para fora."
Para ACM, foi "por gentileza" que o procurador-geral não citou Lula em seu relatório. "Mas eu não tenho obrigação de ser gentil", disse. ACM não detalhou a argumentação que permitiria a fundamentação de um pedido de impeachment do presidente.
Os oposicionistas têm dito que Lula estaria envolvido no esquema, uma vez que, segundo o procurador, o mensalão destinava-se a "perpetuar o PT no poder". A disposição de apresentar o pedido de impeachment foi anunciada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e reforçada pelo PPS, que reúne-se amanhã para definir se a legenda começa a articular o impedimento presidencial.
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