O sub-relator de Fundos de Pensão da CPI dos Correios, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), admitiu várias limitações para que a comissão investigue os prejuízos contabilizados pelo Nucleos (fundo de pensão dos funcionários da Eletronuclear).
Hoje, durante acareação entre três ex-funcionários do fundo – a ex-gerente Fabiana Carneiro Carnaval, o ex-diretor de Investimentos Gildásio Amado Filho e o ex-presidente da instituição Paulo Roberto de Almeida Figueiredo –, permaneceram as dúvidas sobre as responsabilidades pelos investimentos da entidade em títulos públicos, que geraram prejuízos próximos a R$ 22 milhões.
Os três se eximiram de responsabilidades, mas são apontados como réus em processo movido pela atual diretoria do Nucleos e serão responsabilizados no relatório final da comissão. “A solução é responsabilizar a todos. Como e de que forma serão indiciados, isso será estudado”, disse ACM Neto.
Na conclusão de seu trabalho, o deputado recomendará ao Ministério Público que continue as apurações e analise a participação da NK Prestação de Serviços Sociedades Simples no esquema que gerou prejuízos para o fundo.
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Parte da limitação da CPI, segundo ACM Neto, impõe-se também porque o sócio majoritário da NK, Ricardo Nakatsu, está hospitalizado, em coma, e não pôde depor. Os outros dois sócios da empresa, que têm apenas 1% do capital da NK, já prestaram depoimento à CPI, mas nada acrescentaram às investigações, de acordo com o sub-relator.
“Esta é uma dificuldade e uma angústia da CPI. O Ministério Público terá que analisar o caso NK.” A empresa é apontada como beneficiária de R$ 19 milhões do fundo Nucleos em operações que geraram perdas para a entidade.
Esta empresa tem ligações com a Natimar, que, por sua vez, teria ligações, de acordo com as apurações da comissão, com o empresário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza. Apesar desta cadeia, ACM Neto disse não ser possível pelas investigações feitas relacionar a NK com o mensalão.
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