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As 26 perguntas feitas pelo articulista Antonio Vital foram a única forma de o Congresso em Foco participar da primeira entrevista coletiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em dois anos e quatro meses de governo. A Secretaria de Imprensa e Divulgação da Presidência da República decidiu excluir os jornalistas dos sites de jornalismo da relação dos profissionais com direito a fazer pergunta a Lula. Só puderam acompanhar a entrevista – e em silêncio – os portais que cobrem diariamente as atividades do Palácio do Planalto. A decisão só foi anunciada no início da noite de quinta-feira, quando foram divulgadas as regras para a entrevista. Desde a manhã de quarta-feira, a equipe do Congresso em Foco fez diversos contatos com o órgão responsável pelo credenciamento. Em resposta, uma série de informações desencontradas. A realização da coletiva só foi confirmada no final da manhã de quinta-feira. Leia também Depois de confirmar à tarde o credenciamento provisório e a autorização para que o Congresso em Foco participasse da coletiva, a Secretaria de Imprensa voltou atrás e, à noite, informou que o espaço seria aberto somente aos jornalistas que cobrem o dia-a-dia do Palácio do Planalto. “O presidente responderá a 14 perguntas, da quais 9 serão formuladas por veículos de comunicação que acompanham diariamente a agenda do presidente Lula”, dizia a nota divulgada pela Secretaria de Imprensa quinta-feira à noite. As demais cinco perguntas foram feitas por profissionais de jornais regionais, TVs por assinatura, revistas semanais, agências internacionais de notícias e rádios. Ao firmar-se como o mais importante site especializado na cobertura das atividades do Parlamento brasileiro, em pouco mais de um ano de existência, o Congresso em Foco não pode deixar de registrar seu repúdio à forma restritiva e retrógrada dispensada pela Secretaria de Imprensa aos veículos que fazem da internet seu único canal de comunicação com o público. Negar aos profissionais da internet o direito de fazer perguntas ao presidente da República não condiz com o discurso de um governo que se declara propulsor da inclusão digital no país. |
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