A versão de que o Banco do Brasil desviou recursos para financiar o “valerioduto”, sustentada pelo relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), pode cair na semana que vem, afirma o sub-relator da comissão, deputado Carlos Abicalil (PT-MT).
Segundo o petista, caso a DNA Propaganda, agência de Marcos Valério, apresente documentos que comprovem a prestação de serviços para a Visanet, a CPI pode cair em descrédito.
A Visanet opera os cartões da marca Visa no Brasil. O BB, que detém 31,9% das ações da empresa, é responsável pelos gastos de publicidade da operadora com produtos vinculados ao banco. Segundo Serraglio, a CPI identificou pagamentos no valor de R$ 9,095 milhões à DNA referentes a serviços que não foram prestados.
Esse dinheiro teria sido desviado pela agência, depositado no banco BMG e repassado ao PT por meio de empréstimos. Abicalil disse que os dados da CPI mostram que o saldo da conta de Valério no BB era de R$ 23 milhões. Por isso, o deputado afirma que o dinheiro da Visanet não era necessário para que Valério tomasse o empréstimo e repassasse os recursos para o PT.
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O petista reforçou ainda não ser possível afirmar que os recursos do BB foram parar no caixa dois do partido, pois “dinheiro não tem carimbo”. Planilhas apresentadas pelo parlamentar mostram ainda que a antecipação de recursos da Visanet para empresas de publicidade é anterior a 2003, quando Henrique Pizzolato, apadrinhado do PT, ainda não estava na diretoria de marketing do Banco do Brasil. Segundo Abicalil foram antecipados R$ 12,798 milhões para a DNA em 2001 e R$ 4,5 milhões em 2002.
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