Diante da intenção da deputada Rose de Freitas (PMDB-ES) de pedir a “averiguação da conduta” do site, o presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Maurício Azêdo, também saiu em desagravo em favor do Congresso em Foco. O presidente da ABI afirmou que “parece exacerbado e carente de bom fundamento jurídico” o pedido de investigação de Rose, anunciada por ela na última quinta-feira da tribuna da Câmara.
A deputada capixaba apresentou oito emendas, no valor total de R$ 8,1 milhões, com o objetivo de transferir recursos destinados por medida provisória às vítimas da seca na Amazônia para realizar obras em cidades do estado dela afetadas pela chuva. A reportagem, contudo, errou ao informar que as emendas da deputada haviam sido transformadas em lei. A retificação foi publicada em seguida.
“Também neste caso não se trata de saber se é justo o tipo de crítica feita pela deputada, e sim se há motivação para o seu protesto, que nos parece exacerbado e carente de bom fundamento jurídico, como ao classificar de calúnia o contido na matéria do site Congresso em Foco”, afirmou, por e-mail.
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Azêdo considera que, embora possa propor a ação, “não é certo que sua pretensão seja acolhida pela Justiça”. Diz mais: “Parece-nos que a deputada não exerceu de forma adequada o direito de resposta que lhe cabe, pois partiu para o revide, para a chamada retorsão (vingança), o que diminui sua possibilidade de obter êxito em eventual postulação judicial.”
A Procuradoria Parlamentar da Câmara, órgão responsável por cuidar da imagem dos deputados, recebeu na última sexta-feira o pedido de investigação de Rose. O órgão vai apurar se a deputada foi vítima de algum crime.
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