Apontado como possível destino do ex-governador Geraldo Alckmin para 2022, o PSB ainda não dá como certa a filiação do tucano. “Não diria que está perto ainda. O tempo dirá o que vai acontecer”, disse o presidente da legenda, Carlos Siqueira, ao Congresso em Foco.
Segundo ele, o PSB não vai pressionar o ex-governador e dará todo o tempo a ele para decidir seu futuro político e partidário. “Nunca tem pressa nesse tipo de decisão. Filiação pode ocorrer e pode não ocorrer. Cada pessoa tem sua motivação para trocar de partido”, afirmou.
Para Carlos Siqueira, a principal motivação de Alckmin para se filiar ao PSB seria a possível aliança da sigla com o PT. O ex-presidente Lula e o governador, que está de saída do PSDB, têm conversado sobre o assunto. Nesse cenário, os dois adversários no segundo turno em 2006 estariam no mesmo palanque, o petista como candidato a presidente e o ainda hoje tucano, como vice. Mas Alckmin também cogita da possibilidade de concorrer ao quinto mandato de governador de São Paulo. Nesse caso, pelo PSD, de Gilberto Kassab.
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Segundo Siqueira, é natural que o PSB, como maior partido da esquerda depois do PT, tenha preferência para indicar o vice caso as duas legendas decidam caminhar juntas em 2022. Nesse caso, ressalta, Alckmin teria a preferência para ser o vice.
De acordo com o presidente, o PSB não pensa, até o momento, em lançar candidatura presidencial própria. Mas, para selar o casamento com o PT, será necessário que os petistas abram mão de candidatura em três estados importantes para o PSB: Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Pernambuco. “A candidatura natural nesses estados é do PSB, não do PT”, afirmou.
Nessa sexta-feira, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, divulgou para seus contatos telefônicos, via aplicativo, uma imagem em que apresenta Alckmin como candidato do partido a governador de São Paulo. O tucano, no entanto, ainda não decidiu que rumo tomará.
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