Nosso Amazonas já é o primeiro em casos diagnosticados e óbitos por 100 mil habitantes em decorrência do coronavírus. Os novos diagnósticos dobram a cada 48h. Além disso, já não temos mais UTIs para receber pacientes graves e nossa estrutura de saúde está à beira do colapso.
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Nesse cenário desolador, o Ministério da Saúde enviou para Manaus 20 UTIs completas, 20 respiradores, um hospital de campanha para atender comunidades indígenas, médicos de vários estados estão sendo deslocados para cá e na terça chegam a Manaus uma equipe de gerenciamento de crise do Hospital Sírio Libanês.
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Enquanto estamos em casa, homens e mulheres, profissionais da saúde (médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e muitos outros) colocam em risco suas vidas e dos seus familiares para servir e cuidar de outras vidas.
São esses profissionais que nos pedem algo simples. Eles só querem que fiquemos em casa. Que respeitemos a quarenta e o isolamento. São esses profissionais que só pedem condições de trabalho, equipamentos de proteção individual, uma estrutura mínima para que possam exercer sua nobre atividade minorando os risco para a sua própria vida.
Mas três desses morreram nos últimos dias vítimas da covid-19. Três heróis anônimos. Daqueles que não correm quando há um chamado.
PublicidadeSão desses homens e mulheres, que seguirão honrando o Julgamento de Hipócrates e
aos quais será “dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens…”.
De minha parte, mesmo respeitando o isolamento, sigo de forma remota ajudando a Câmara dos Deputados a aprovar as medidas necessárias para o Brasil a enfrentar a crise e, acima de tudo, dedicando o melhor de mim para ajudar o nosso Amazonas, com recursos e ações que contribuam com a superação desse momento tão difícil.
*Em homenagem ao meu amigo e médico Rafael Beloniel, que tem se mostrado dessas pessoas que nos fazem acreditar no amor à medicina e na vida.
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