Como adiantou o Congresso em Foco, depois da saída de Romero Jucá (PMDB-AP) da liderança do governo no Senado, a próxima mexida foi na Câmara. O deputado , Cândido Vaccarezza (PT-SP) acaba de anunciar que não é mais o líder do governo. Ainda não foi anunciado o nome do novo líder, mas o mais provável é que seja o ex-líder do PT, Paulo Teixeira (SP). Também está cotado para o cargo o ex-presidente da Câmara Arlindo Chinaglia (PT-SP). A expectativa é que o anúncio ocorra ainda nesta terça-feira (13).
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Vaccarezza informou que será feito um novo sistema, de rodízio entre deputados e os partidos da base de sustentação, para a liderança do governo. Os detalhes sobre como funcionará esse sistema, porém, ainda não foram divulgados. O petista, porém, imagina que a troca possa acarretar em um atraso nas votações. O almoço dos líderes da base, previsto para hoje, foi cancelado. A expectativa é que hoje se votasse o projeto do novo Código Florestal.
Vaccarezza foi comunicado da sua saída da liderança hoje pela manhã, numa conversa com a própria presidenta Dilma Rousseff. Em entrevista há pouco, ele disse que não indicou ninguém para seu lugar. “Meu foco principal agora é o meu mandato”, declarou. Ele não deu detalhes sobre as razões da sua saída. Disse apenas que ela aconteceu “por razões políticas”.
Acrescentou ainda que o governo não teria sofrido derrotas na Câmara. Não é bem verdade. A maior derrota sofrida pelo governo até agora aconteceu justamente na Câmara, no início do ano passado, na primeira votação do Código Florestal, quando a orientação do Planalto foi completamente atropelada pelos interesses da bancada ruralista. Desde aquela época, Dilma vinha repetindo queixas à atuação de Vaccarezza. “Ninguém pode argumentar que o governo teve derrotas na Câmara”, disse.
A notícia da saída pegou Vaccarezza de surpresa. Justamente pela avaliação própria de que a base governista na Câmara estava sob controle. Porém, a partir das notícias veiculadas ontem, disse que passou a imaginar o que viria quando foi chamado para uma reunião com o chefe de gabinete da presidenta, Giles Azevedo. “Eu li as notícias. Quando o Giles me chamou, logo imaginei o assunto”, afirmou.
Vaccarezza evitou comparar sua situação com a de Romero Jucá, que perdeu ontem o cargo de líder do governo no Senado. Disse que ainda tem muito o que aprender com o peemedebista, “parlamentar muito experiente”. Durante a cerimônia de entrega do Prêmio Berta Lutz, no Senado hoje pela manhã, os dois estiveram sentados lado a lado por um momento.
PublicidadeDurante a coletiva, alguns parlamentares passaram no gabinete para cumprimentar Vaccarezza. Entre eles, o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG), a líder do PSB, Sandra Rosado (RN), e o vice-líder do governo na Casa, José Guimarães (CE).
Nota atualizada às 13h01
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