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Em 20 de julho, o Congresso em Foco mostrou quem são os 86 parlamentares que disputam a chefia do Executivo municipal em diversas cidades brasileiras. São cinco senadores e 81 deputados de boa parte dos partidos com representação no Congresso Nacional. Só não há candidatos congressistas concorrendo em Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT), Florianópolis (SC) e Palmas (TO).
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E são justamente nas capitais que estão concentradas as maiores arrecadações entre os parlamentares. Até o momento, quem conseguiu a maior quantidade de doações é o deputado Edson Giroto, candidato pelo PMDB à prefeitura de Campo Grande (MS). Segundo dados informados à Justiça Eleitoral, ele já conseguiu R$ 1.835.500.
Veja a lista com a arrecadação de cada candidato
O valor arrecadado pelo peemedebista é quase o dobro do segundo colocado. O deputado João Paulo Cunha (PT-SP), que disputa a eleição em Osasco, conseguiu até agora R$ 948.690. Um dos 37 réus da Ação Penal 470, do mensalão do PT, no Supremo Tribunal Federal (STF), corre o risco de viver uma situação inusitada: ser eleito e condenado ao mesmo tempo.
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Nordeste
Os números apresentados ao TSE pelos candidatos mostram uma maior arrecadação por candidatos no Nordeste do país. Três deles estão em Pernambuco, um na Paraíba e dois na Bahia. Em Recife, por exemplo, largaram na frente o senador Humberto Costa (PT-PE) e o deputado Mendonça Filho (DEM-PE). Ambos declararam doações parciais de R$ 600 mil.
Em Petrolina (PE), está outro candidato entre as dez maiores arrecadações. O deputado Fernando Coelho Filho (PSB-PE), filho do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, já conseguiu R$ 519.653,73. É a sétima maior entre os parlamentares. O município, com aproximadamente 299 mil habitantes, tem a segunda maior população do estado.
Além de João Paulo, outro candidato entre as dez maiores arrecadações que não disputa a prefeitura de uma capital é Jonas Donizete (PSB-SP). De acordo com a declaração ao TSE, o socialista, na disputa pelo comando de Campinas (SP), já conseguiu R$ 571.850. O valor colocou Donizete no sexto maior valor entre os parlamentares inscritos na disputa eleitoral.
Outra capital nordestina tem duas das maiores arrecadações: Salvador, com a disputa entre os deputados ACM Neto (DEM) e Nelson Pellegrino (PT). Enquanto o demista já conseguiu R$ 890 mil, o petista, que conta com o apoio do governador da Bahia, Jacques Wagner (PT), viu entrarem nas suas contas R$ 500 mil. Completa a lista de políticos nordestinos o senador Cícero Lucena (PSDB-PB), na corrida pela prefeitura de João Pessoa: R$ 411.288.
A lista das dez maiores arrecadações é completada com a deputada Manuela D`ávila (PCdo-B). Até agora, a comunista, que tenta pela segunda vez se eleger prefeita de Porto Alegre, conseguiu R$ 450 mil. E, de acordo com sua prestação de contas, ainda não teve gastos.
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Fundo partidário
A resolução número 23.376/12, do TSE, estabelece que os candidatos e comitês financeiros de partido são obrigados a abrir conta bancária exclusiva para a movimentação financeira de campanha. Ela deve ser aberta nas instituições financeiras que possuem carteira comercial reconhecida pelo Banco Central do Brasil, sendo vedado o uso de conta bancária preexistente.
Além disso, a legislação eleitoral estabelece que os candidatos informem seus doares e seus gastos durante o pleito. Antes da divulgação final das contas, que serão julgadas pela Justiça Eleitoral, o TSE determina que duas parciais sejam informadas. Nelas, devem constar os valores, quem doou e no que foi gasto. A expectativa é que, com a proximidade da eleição, a segunda parcial tenha um volume maior de recursos.
Uma análise nas contas das dez maiores arrecadações mostra que boa parte dos candidatos têm doações vindas de outras formas que não a de pessoas físicas e jurídicas. Edson Giroto, por exemplo, declarou ter recebido R$ 1.520.000 do comitê de campanha. Já João Paulo Cunha informou que R$ 875 mil foram repassados pelo PT.
A totalidade do dinheiro obtido por Manuela D`Ávila tem origem partidária. Uma parte veio do partido – R$ 250 mil – e o restante do Fundo Partidário, dinheiro público que é dividido entre todas as agremiações políticas brasileiras. A situação é repetida por Jonas Donizete, que conseguiu R$ 500 mil vindos do fundo, e por Mendonça Filho, com a totalidade de sua arrecadação bancada pelo DEM.
É o mesmo caso do seu colega de partido ACM Neto. Dos R$ 850 mil conseguidos até agora, R$ 600 mil vieram do Fundo Partidário e R$ 250 mil do DEM. Os R$ 40 mil restantes foram conseguidos por doações de pessoas físicas.
Esse não é o caso de todos. Os petistas Humberto Costa e Nelson Pellegrino não tiveram dinheiro do partido até o momento nas suas campanhas. O senador pernambucano conseguiu R$ 500 mil de empresas e R$ 100 mil de militantes. Já o deputado da Bahia arrecadou todos os R$ 500 mil declarados com pessoas jurídicas.
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