Inquéritos 3490 (crimes eleitorais) e 3688 (calúnia, injúria e difamação). “Denunciei no meu Twitter práticas ilícitas do atual prefeito de Campo Grande”, afirmou Trad. “Ambos os registros que dizem respeito a fatos envolvendo meu nome não são daqueles que desonram o mandato e tampouco depõem contra meu caráter e minha dignidade”, diz o deputado.
Veja a íntegra do que diz o parlamentar
“Inquérito difere de processo. Inquérito não investiga pessoas, mas fatos. Ambos os registros que dizem respeito a fatos envolvendo meu nome não são daqueles que desonram o mandato e tampouco depõe contra meu caráter e minha dignidade.
Inq 3490: durante a campanha eleitoral de 2010, um vereador de uma cidade do sul do estado estava sendo investigado por questões fundiárias relativas ao INCRA e que nada tinha a ver com as eleições. Na busca e apreensão de documentos na casa do vereador, foram encontrados não mais que duas dezenas de cartazes de candidatos a Governador (Andre Puccinelli), Senadores (Moka e Delcídio), Deputado Federal (eu) e Deputado Estadual (Marquinhos Trad). Por conta desses cartazes, a PF instaurou inquérito para saber se havia indícios de cooptação ilícita de votos. Conclusão do inquérito: nenhum indiciado, ausência total de indícios de infração eleitoral. O inquérito subiu ao STF e o MP reconheceu que não houve cooptação ilícita de votos, porém quer saber se o nome do vereador e de mais três pessoas que disseram ter votado em mim constam na prestação eleitoral que já foi julgada regular pelo Tribunal Regional Eleitoral.
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Inq. 3688: este é daqueles registros que enaltecem a biografia do parlamentar. Explico: denunciei no meu Twitter oficial práticas ilícitas do atual prefeito de Campo Grande. Ele se sentiu ofendido e entrou com uma interpelação criminal contra mim, objetivando me constranger e intimidar. Conclusão: se eu ficasse calado diante dos malfeitos, prevaricaria. Mas, como deputado, tenho a obrigação de denunciar atos de malversação dos recursos públicos. Cumpri com o dever parlamentar de denunciar e já preparo Habeas Corpus para trancar o inquérito por ausência de justa causa.
Igualar um deputado que teve a coragem de denunciar atos de corrupção e por isso está sendo interpelado judicialmente pelo corrupto com deputado acusado de estuprar, traficar, corromper, matar, roubar e outros crimes infamantes é uma injustiça sem tamanho.”
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