A corrupção não vai diminuir no país nos próximos 12 meses, acredita a maioria dos parlamentares mais influentes do Congresso. Segundo o Painel do Poder, levantamento realizado pelo Congresso em Foco a cada três meses, apenas 11,5% das lideranças do Parlamento acreditam que o combate à corrupção vai melhorar nesse período. Outros 48,1% apostam que a situação continuará como está. Já 38,5% preveem piora nesse cenário. Os números indicam que cresceu o pessimismo de deputados e senadores em relação ao assunto na comparação com a pesquisa anterior, feita em dezembro.
Esse é um dos temas a serem discutidos nesta terça-feira (10), às 12h, em evento que será transmitido ao vivo pela página do Congresso em Foco no Facebook e pelo nosso Twitter (@congemfoco). No debate, serão passadas em revista algumas revelações da última onda de pesquisa do painel, que ouve os principais líderes do Congresso Nacional a cada três meses. Entre os assuntos incluídos no último levantamento, estão a avaliação do governo Temer e as percepções dos congressistas em relação às eleições de outubro.
Leia também
Participarão do debate os deputados Alessandro Molon (PSB-RJ) e Marcus Pestana (PSDB-MG); o fundador do Congresso em Foco, Sylvio Costa; e Patrícia Marins, sócia-diretora da In Press Oficina, agência de comunicação sediada em Brasília que integra o grupo In Press Porter Novelli. Você também pode participar da discussão, enviando suas perguntas pelas nossas páginas no Facebook e no Twitter.
O Painel do Poder foi criado pelo Congresso em Foco para monitorar de forma sistemática e com fundamentação científica as percepções e os humores daqueles que mandam no Congresso Nacional. Uma das conclusões do último levantamento é que as grandes lideranças parlamentares não esperam uma redução da instabilidade política, nem mesmo após as eleições. Foram ouvidos, ao todo, 52 parlamentares, respeitando-se a proporcionalidade em cada casa legislativa, entre governistas e oposicionistas e as divisões regionais.
Quem participa do painel
Os congressistas ouvidos pelo Painel foram escolhidos pelo papel relevante que ocupam no Legislativo. Entre eles, há líderes partidários, membros das mesas diretoras da Câmara e do Senado, presidentes de comissões e influenciadores das principais bancadas temáticas, como os defensores dos interesses dos produtores rurais, dos direitos humanos, os sindicalistas e evangélicos. Dos deputados e senadores entrevistados nessa última rodada, 69% pertencem a partidos da base governista. Em termos de regiões geográficas, 42% deles representam estados do Sudeste, 29% são do Nordeste, 15% do Sul, 10% do Norte e 4% do Centro-Oeste.
Desenvolvido em parceria com o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (Ibpad), o Painel do Poder tem caráter inédito tanto pela concepção metodológica quanto pela variedade de aplicações que permite. Estão entre elas, a aferição das tendências predominantes nas duas casas legislativas quanto ao relacionamento com o governo federal, a avaliação de políticas públicas e de temas específicos da pauta parlamentar e a influência de grupos organizados no Congresso Nacional.
A iniciativa permite ainda atender a demandas específicas de organizações que precisam ter maior clareza quanto a questões em debate no Legislativo que podem impactar seus interesses ou negócios. Os resultados podem ser apresentados com a participação de um jornalista do Congresso em Foco, contribuindo com a análise de cenários e informações de bastidores.
Para contratar o serviço ou saber mais, envie uma mensagem para paineldopoder@congressoemfoco.com.br.
<< Eleições não vão acabar com instabilidade política, preveem líderes no Congresso
Mas o cerne da famigerada Lavajato foi o Golpe e prisão de Lula… o resto é adereço…Escamotearam tudo ao redor pra tentar impor um paulista na presidência pois no voto não conseguem.
precisamos urgente passar o brasil a limpo, cadeia para os ratos ( BRASIL ACIMA DE TUDO)
Parece o Temer falando, precisamos acabar com o FORO PREVILIGIADO agora de todos os que tem para começar limpar o governo que esta sujíssimo! Quando vai ser preso o Temer, Aecio, Rennan, Juca, e os demais corruptos?
Pergunta pro ministro petista Tofolli. Pediu vista do processo que acabava com o foro e sentou nele.
Não enquanto eles estiverem no poder! Óbvio!
Porque não? Ate quando o povo vai aceitar essos desgraçados políticos corruptos ficar impunes?
Não conta piada! Você defende o condenado Lula aqui diariamente e quer falar em impunidade? Você é um dos detratores da Lava Jato, e ao defender Lula está defendendo que nenhum outro criminoso de colarinho branco seja punido. Estão todos no mesmo barco.
Rapazes cujo conhecimento em História não recua mais do que 13 anos, respondo transcrevendo inicialmente o artigo quinto da Constituição:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:…
LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
Pergunto-lhes, se o sabem, qual partido capitaneou a Assembleia Constituinte e, portanto, é o grande responsável pela brecha jurídica que deixa impunes a grande maioria dos corruptos? Foi o PMDB.
Quem comanda a Câmara e o Senado desde o Plano Cruzado (sabem o que foi isso?) O PMDB.
De que partido derivaram PSDB e PT? Do PMDB.
Quem controla os ministérios que têm mais recursos? PMDB.
Que partido mais manobrou para tentar estancar a Lava Jato? PMDB.
Que partido ainda detém maioria no Congresso e o manterá nos próximos quatro anos porque os senhores tão jovens padecem de miopia política extrema? PMDB.
Os senhores creem que o câncer primário que se espalhou generalizadamente pelo país desde Sarney submeterá ao plenário do Congresso receita para curar o país desse parasitismo?
Quem votar no PMDB, quem apoiar o PMDB nessas eleições estará em conluio com toda essa corja que destrói as estruturas políticas, sociais e produtivas do Brasil.
Mantive o P porque esta letra significa tudo, menos partido. E não adianta usar da numerologia para escapulir do julgamento histórico.
A Lava Jato faz parte de um processo maior, mas é de fato ingenuidade atribuir a ela o objetivo messiânico de acabar com a corrupção. Até na Noruega existe corrupção, que dirá em uma republiqueta bananeira como a nossa, em que a relativização da lei é uma questão cultural, encarada com normalidade bovina por muitos. Por aqui se criam ainda políticos com a mentalidade popular do “rouba, mas faz”, a exemplo de Maluf e Lula, gêmeos siameses na questão ética.
Fato é que a promiscuidade entre público e privado no Brasil remonta ao período colonial. Basta pensar que, ainda no século XVI, logo no início da colonização portanto, o rei português fatiou o país em grandes territórios que foram entregues a alguns nobres (as capitanias hereditárias). Portanto, há aqui uma mentalidade arraigada de que quem alcança o poder pode dele desfrutar quase livremente, espoliando o patrimônio público em proveito particular. Some-se a isso uma impunidade tradicional aos poderosos, fundada em uma burocracia processual bizantina e em um judiciário leniente.
A Lava Jato não vai reverter isso completamente, nenhum evento isolado é capaz disso, mas coloca obstáculos nessa cultura, e é um passo importante para que ela recue a longo prazo, condição essencial para nos tornarmos um país mais civilizado. Se a Lava Jato chegar aos seus termos finais, vencendo inúmeros obstáculos (a começar pelo STF), estabelecerá que poderosos podem ser punidos. Que os crimes de colarinho branco não ficam necessariamente impunes com a contratação de advogados caros. A prisão de Lula e de outros tantos como Cabral e Cunha, é muito importante para termos um país mais justo e próspero.
Veja quem está afirmando isso: Líderes do Congresso, parlamentares.
Confessos!