O presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), coronel Homero de Giorge Cerqueira, foi exonerado, segundo publicação no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (21). Não foi nomeado substituto para o cargo. O ato (veja a íntegra) é assinado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Walter Souza Braga Netto.
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Cerqueira estava no cargo desde abril de 2019, tendo sido o segundo presidente do Instituto no governo Bolsonaro. Ele substituiu Adalberto Eberhard, que havia pedido demissão após anúncio de abertura de processo administrativo disciplinar contra servidores do ICMBio que atuavam na sede do instituto no município gaúcho de Mostardas (RS), por não terem acompanhado um evento no Rio Grande do Sul.
Cerqueira foi comandante da Polícia Militar Ambiental do estado de São Paulo. No ICMBio, autarquia responsável pelo gerenciamento das unidades de conservação subordinada ao Ministério do Meio Ambiente, atuou na reformulação do órgão e colocou militares em quatro das cinco gerências regionais.
Segundo a agência Reuters, a saída se deve a desacordo de Cerqueira com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sobre a atuação da agência no combate aos incêndios no Pantanal. Os incêndios que se espalham pelo Pantanal e já destruíram cerca de 10% da cobertura vegetal da região, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Salles teria criticado a atuação do ICMBio no combate às queimadas em conversas com fazendeiros da região, o que teria incomodado Cerqueira, relata a agência.
O governo estuda fundir o ICMBio e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o que é alvo de críticas por parte de ambientalistas, que alegam que a fusão enfraquece a fiscalização.
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Quem deveria ser exonerado é o salles, sujeito indigno para ocupar a pasta do Meio Ambiente. Uma vergonha nacional e internacional!