Alvo de operação na manhã desta quinta-feira (18), a advogada Alessandra Esteves Marins, assessora de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no Senado, é suspeita de “rachadinha”, prática ilegal em que o parlamentar confisca parte dos salários dos funcionários de seus gabinetes. De acordo com o portal do Senado, a assessora exerce cargo comissionado com salário bruto de R$ 8.996,28.
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Alessandra está na função desde o início do mandato de Flávio no Senado, em fevereiro de 2019. Segundo informações do jornal O Globo, ela assessora o senador em escritório na Barra da Tijuca.
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Antes de ser servidora no Senado, Alessandra já trabalhou com Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), conforme consta no portal da transparência da Alerj.
A casa dela foi alvo de uma ação de busca e apreensão do Ministério Público estadual na manhã desta quinta-feira (18) no inquérito que apura o suposto esquema de “rachadinha” no gabinete do então deputado na Alerj. A Operação Anjo, deflagrada hoje, faz parte da investigação do Ministério Público do Rio que apura a prática em diversos gabinetes de deputados da Alerj.
A suspeita é de que funcionários do então gabinete do deputado estadual Flávio Bolsonaro repassavam parte de seus salários para Fabrício Queiroz, que seria o operador do esquema.
PublicidadeFuncionária antiga
O jornal O Globo afirma que Alessandra trabalha com Flávio há anos. Ela foi nomeada em 2008 e permaneceu no cargo até fevereiro de 2011, quando foi exonerada a pedido. Seu afastamento da Alerj naquele ano, porém, durou menos de um mês. Em março ela ganhou um cargo como assessora administrativa na Diretoria-Geral de Informática da Assembleia. A nova nomeação de Alessandra foi publicada na mesma ata da nomeação da filha de Queiroz, Nathália Melo de Queiroz.
Ainda em 2011, Alessandra foi realocada para o gabinete de Flávio Bolsonaro, onde começou ganhando R$ 6.490, mas quatro meses depois foi promovida a um salário de R$ 9.835,63, um aumento de 50% no vencimento. Alessandra continuou no cargo até a posse de Flávio no Senado Federal. De acordo com o portal da transparência da Alerj, Alessandra recebia cerca de R$ 7 mil por mês em 2018.
A reportagem tentou contato com a assessora por meio do gabinete do senador Flávio Bolsonaro, mas não teve resposta. O espaço está aberto caso a interessada queira prestar esclarecimentos.
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