A Executiva Nacional do Podemos afirmou que precisa confirmar a decisão desta segunda-feira (9) do diretório paulista do partido de expulsar o deputado federal Marco Feliciano (SP). A legenda divulgou nota afirmando que vai se reunir para tratar do pedido de expulsão.
O Congresso em Foco procurou a assessoria do Podemos, que informou que não tem data marcada para a reunião sobre o caso.
Feliciano é um dos deputados mais próximos do presidente Jair Bolsonaro e já fez parte da comitiva presidencial em viagens internacionais mais de uma vez.
A representação que pode resultar na expulsão do deputado do partido cita a proximidade com Bolsonaro e acusações de assédio sexual.
O Podemos tenta manter um distanciamento da atual administração federal e limitar o apoio à atuação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
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Em entrevista à Revista Congresso em Foco em setembro, o senador Álvaro Dias (PR), um dos principais nomes do partido, declarou que votou nulo nas eleições presidenciais de 2018 disputada entre Bolsonaro e Fernando Haddad (PT).
“Não há como não concluir que o presidente esqueceu a agenda de campanha, não prioriza o combate à corrupção. As ações que fulminaram o Coaf (Conselho de Controle da Atividade Financeira) comprometem inclusive um acordo internacional celebrado pelo Brasil em Viena na linha do combate à corrupção internacional e à lavagem de dinheiro”.
Leia a nota divulgada nesta segunda-feira pelo comando nacional do partido presidido pela deputada federal Renata Abreu (SP).
O processo disciplinar que pode resultar na expulsão do deputado federal Marco Feliciano foi avocado pela Comissão Executiva Nacional, na forma do artigo 65 do estatuto partidário.
Resulta, portanto, na ausência de competência estatutária para a decisão proferida na reunião estadual de São Paulo para este caso específico.
O mesmo será resolvido na esfera federal por esse motivo.
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Ou seja, o Diretório Estadual extrapolou os limites de sua competência!
Quem sairá perdendo? O deputado ou o partido? A conferir em 2022!