O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), recebe em São Paulo nesta quarta-feira (11) aliados para discutir as eleições para a Mesa Diretora da Casa Legislativa em 2021. Entre os participantes do encontro, Luciano Bivar (PSL-PE), Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e Baleia Rossi (MDB-SP), apontados como candidatos à sua sucessão no comando da Casa.
>Disputa pela presidência da Câmara e eleições paralisam votações
O presidente nacional do PSL, deputado Luciano Bivar, comentou sobre a reunião. “Tanto eu como Aguinaldo e Baleia estamos procurando junto com Maia um candidato que tenha o perfil de tornar a Câmara independente, como ela está sendo, e mais ainda, fortalecer o Legislativo, o Parlamento, a gente respeitar as minorias dentro da Câmara, ter na Câmara o verdadeiro fórum de debate para discutir a legislação nacional”, afirmou ao Congresso em Foco.
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De acordo com Bivar, após a definição do candidato a presidente da Casa, a próxima etapa é definir quais partidos ficarão com as secretarias e vice-presidências.
“É isso que Maia está discutindo conosco, que candidato teremos que aglutinar força para fazer a mesa da Câmara, isso é o que nós pretendemos definir o mais rápido possível”, afirmou.
Dos três deputados o que tem sido mais privilegiado por Maia é Baleia Rossi, que é líder na Câmara e presidente nacional do MDB. O deputado de São Paulo costuma acompanhar Maia durante reuniões com ministros, como a que selou a reaproximação do presidente da Câmara com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Comissão de Orçamento
A disputa pelo comando da Comissão Mista de Orçamento (CMO) não deve entrar na conversa entre Maia, Baleia, Bivar e Aguinaldo. Como não há um acordo para quem vai presidir a comissão, é apontada a possibilidade do orçamento de 2021 ser votado diretamente no plenário do Congresso.
O Centrão, liderado por Arthur Lira (PP-AL), pressiona pela escolha da deputada Flávia Arruda (PL-DF) para presidir a CMO. O grupo do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, resiste e afirma que foi firmado um acordo para o presidente ser o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA).
CESAR MAIA, o Verdadeiro Amigo do Miliciano.
Revista ”isenta” PIAUÍ, que vocês ”esquerdinhas” adoram.
O Brasil que se fθd@, nós queremos é manter o poder e continuar no controle dos cofres públicos!
Será que o Luciano Bivar vai falar ao público sobre a denúncia de conspiração dele contra o Presidente, conforme já registrado pelo deputado Nereu Crispim do PSL/RS junto ao ministro Alexandre de Moraes?
Esperemos que sim!
O Gorducho que foi eleito com 57 mil votos se comporta como um campeão de audiência.
Não é?
Eu já disse que ele se acha tão gostosão, que se olha no espelho e bate pμnh€t@ pensando no proprio r@bθ
Será que os ”esquerdinhas” que vivem pululando aqui neste espaço de comentários sabem que o Papai dele, CESAR MAIA, é que é o Verdadeiro Amigo (dos Milicianos)?
Pô! Isso era segredo….
Estende-se àquele amigo que ele diz que almoça junto sempre que vem ao Rio?
Cesar Maia diz por que prefere as milícias aos traficantes
Marcos Sá Corrêa
A última do prefeito Cesar Maia não é que agora ele assina um “ex-blog“, ou um blog que virou newsletter.
Nem que essa página, “solta e artesanal”, como ele diz, chegue
regularmente, via internet, a mais de 19 mil assinantes. A última do
prefeito é reconhecer, entre as pessoas que se inscreveram para receber
seu boletim virtual, pelo menos 400 jornalistas. Nada mal para quem,
seja por falta de paciência para falar com repórteres, ou de repórteres
com paciência para ouvi-lo, assumiu há quinze anos um posto cativo no
noticiário carioca como fonte oficial (e aparentemente inesgotável) de
gestos gaiatos e declarações pândegas.
Quando o prefeito fala ao vivo, quase sempre é a reboque de um
convite para almoçar em seu gabinete. Na sala de refeições, há pelo
menos dois mandatos e meio, a comida resiste a mudanças. Mas a conversa
varia até demais. Num almoço no mês passado, por exemplo, o papo passou
pela Nicarágua, onde Cesar Maia foi ver de perto a eleição do sandinista
Daniel Ortega à frente de uma coalizão na qual um aliado tem fama de
pertencer à CIA e outro lhe foi apresentado como filho do cardeal Miguel
Obando y Bravo.
O prefeito disserta à cabeceira de uma longa mesa, tendo por trás da
cabeça um pôster do líder guerrilheiro Augusto Sandino e uma imagem de
Nossa Senhora de Aparecida. Secretários e assessores se revezam na mesa
de granito azulado. Entram sem se anunciar, e saem sem pedir licença.
Cada um faz seu prato. E trata de abrir a boca só para entrar o garfo ou
sair uma breve palavra, sempre de reiteração. Em mais de três horas, o
telefone não toca. Nem aparecem secretárias trazendo bilhetinhos com
recados.
Com mais de dez anos de experiência
no cargo, Cesar Maia governa o Rio como se, lá fora, estivesse tudo mais
ou menos encaminhado, se não resolvido. À sua frente, esfria o prato de
espaguete, que ele fisga devagar, enquanto fala depressa. A sala sem
janelas esconde a cidade, exceto pelo mosaico de fotografias aéreas,
onde o verde dos morros aparece espremido no labirinto sem fim da malha
urbana desordenada. É nesse ambiente vedado à realidade que o prefeito
assume ares panglossianos.
anta administrar uma cidade tão complicada? Não é o mesmo que
enxugar gelo? O prefeito responde que a cidade vem melhorando. A pressão
demográfica vai amainando, exemplifica, inclusive entre os pobres. As
favelas crescem menos do que antes, embora dêem a impressão de se
espalhar sem controle. A vida da população melhorou. E, com ela, a
escolaridade média. Hoje, analfabeto funcional com menos de 30 anos de
idade pode morar na cidade, mas dificilmente é carioca. E o zelo dos
pobres pelas escolas municipais chega a tal ponto que nem bandidos se
metem com esse último reduto do serviço público – como pôde constatar,
conta, a diretora que recebeu, em postas, o braço direito do assaltante
que lhe roubara um aparelho de videocassete.
No primeiro mandato, Cesar Maia quis
ser a versão local do prefeito Rudy Giuliani, trombeteiro-mór da
tolerância zero em Nova York. Agora, convenceu-se de que, no Rio, esse é
o tipo da política que quem promete não cumpre. É inútil bancar o
intransigente numa cidade em cujo centro, mesmo nas ruas varridas três
vezes por dia, há sempre lixo ao redor das cestas. A mudança de estilo
não significa que o prefeito fez as pazes com o senso comum. Tanto que,
no almoço, ele defende as milícias armadas que, durante sua jurisdição,
ocuparam mais de 90 favelas.
Argumenta que, aos poucos, as favelas foram recebendo serviços
públicos como escola e saúde, mas não polícia, Ministério Público ou
Justiça. O que mais falta em favela é agente da segurança pública.
Quando assumiu o cargo, proibiu que policiais se disfarçassem de
funcionários da Prefeitura para investigar favelas. Com isso, garantiu a
sua paz: os traficantes não molestam o prefeito e seus funcionários.
“Na prática, então, o senhor fez um acordo com os bandidos?” “Não fiz”,
responde Cesar Maia, “porque não é função da prefeitura botar policiais
disfarçados nas áreas pobres.
Moral da história: sem agentes de segurança pública, há o vácuo, que é
sempre ocupado. Nos tempos românticos em que o morador da favela vivia
pertinho do céu, o vazio estatal foi ocupado por malandros e capoeiras.
Nos anos 80, vieram os traficantes. Eles policiavam, julgavam e puniam.
Varavam, a tiro, as mãos de quem cometia crimes em seus territórios.
Bancavam quadras de esportes. Apartavam briga de família. E convenceram o governador Leonel Brizola, em 1983, de que as favelas dispensavam
repressão, por serem imunes à criminalidade que incubavam.
Cesar Maia chegou à política do Rio de Janeiro, como secretário de
Fazenda, no governo Brizola. De lá para cá, o tráfico transformou os
morros em praças de guerra. A tal ponto que os policiais civis e
militares não podem mais morar lá dentro. Foram esses policiais
ameaçados de despejo que, segundo o prefeito, originaram as milícias nas
favelas, provando que as trincheiras do tráfico estavam longe de ser
inexpugnáveis.
Assim como Brizola há vinte e tantos anos, mas por outro caminho,
Cesar Maia convenceu-se que as milícias podem amainar o problema que a
omissão do Estado impôs às favelas. “As milícias são melhores que o
tráfico”, diz, encerrando o assunto. Só no fim do almoço, admitiu que
fez uma aposta arriscada. Naquela manhã, um correligionário do prefeito
estava nos jornais, como suspeito da execução do inspetor Félix dos
Santos Tostes, chefe da milícia na favela do Rio das Pedras. Trata-se do
vereador Nadinho, seu cabo eleitoral, produto político da segurança
miliciana na favela. O prefeito considera Nadinho incapaz de se meter
numa enrascada dessas, seria coisa de máfia pesada. “Caso contrário,
errei feio”, conclui, garfando os últimos fios do macarrão, que esfriou
no prato.