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Maia [fotografo]Luis Macedo/Ag. Câmara[/fotografo]

Maia reúne aliados em SP para discutir sucessão na presidência da Câmara

10.11.2020 15:38 7

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7 respostas para “Maia reúne aliados em SP para discutir sucessão na presidência da Câmara”

  1. Jorge Teixeira Carneiro disse:

    CESAR MAIA, o Verdadeiro Amigo do Miliciano.
    Revista ”isenta” PIAUÍ, que vocês ”esquerdinhas” adoram.

  2. Valdir disse:

    O Brasil que se fθd@, nós queremos é manter o poder e continuar no controle dos cofres públicos!
    Será que o Luciano Bivar vai falar ao público sobre a denúncia de conspiração dele contra o Presidente, conforme já registrado pelo deputado Nereu Crispim do PSL/RS junto ao ministro Alexandre de Moraes?
    Esperemos que sim!

    • Jorge Teixeira Carneiro disse:

      O Gorducho que foi eleito com 57 mil votos se comporta como um campeão de audiência.

      • Valdir disse:

        Não é?
        Eu já disse que ele se acha tão gostosão, que se olha no espelho e bate pμnh€t@ pensando no proprio r@bθ

        • Jorge Teixeira Carneiro disse:

          Será que os ”esquerdinhas” que vivem pululando aqui neste espaço de comentários sabem que o Papai dele, CESAR MAIA, é que é o Verdadeiro Amigo (dos Milicianos)?

        • Jorge Teixeira Carneiro disse:

          Cesar Maia diz por que prefere as milícias aos traficantes

          Marcos Sá Corrêa

          A última do prefeito Cesar Maia não é que agora ele assina um “ex-blog“, ou um blog que virou newsletter.
          Nem que essa página, “solta e artesanal”, como ele diz, chegue
          regularmente, via internet, a mais de 19 mil assinantes. A última do
          prefeito é reconhecer, entre as pessoas que se inscreveram para receber
          seu boletim virtual, pelo menos 400 jornalistas. Nada mal para quem,
          seja por falta de paciência para falar com repórteres, ou de repórteres
          com paciência para ouvi-lo, assumiu há quinze anos um posto cativo no
          noticiário carioca como fonte oficial (e aparentemente inesgotável) de
          gestos gaiatos e declarações pândegas.
          Quando o prefeito fala ao vivo, quase sempre é a reboque de um
          convite para almoçar em seu gabinete. Na sala de refeições, há pelo
          menos dois mandatos e meio, a comida resiste a mudanças. Mas a conversa
          varia até demais. Num almoço no mês passado, por exemplo, o papo passou
          pela Nicarágua, onde Cesar Maia foi ver de perto a eleição do sandinista
          Daniel Ortega à frente de uma coalizão na qual um aliado tem fama de
          pertencer à CIA e outro lhe foi apresentado como filho do cardeal Miguel
          Obando y Bravo.
          O prefeito disserta à cabeceira de uma longa mesa, tendo por trás da
          cabeça um pôster do líder guerrilheiro Augusto Sandino e uma imagem de
          Nossa Senhora de Aparecida. Secretários e assessores se revezam na mesa
          de granito azulado. Entram sem se anunciar, e saem sem pedir licença.
          Cada um faz seu prato. E trata de abrir a boca só para entrar o garfo ou
          sair uma breve palavra, sempre de reiteração. Em mais de três horas, o
          telefone não toca. Nem aparecem secretárias trazendo bilhetinhos com
          recados.
          Com mais de dez anos de experiência
          no cargo, Cesar Maia governa o Rio como se, lá fora, estivesse tudo mais
          ou menos encaminhado, se não resolvido. À sua frente, esfria o prato de
          espaguete, que ele fisga devagar, enquanto fala depressa. A sala sem
          janelas esconde a cidade, exceto pelo mosaico de fotografias aéreas,
          onde o verde dos morros aparece espremido no labirinto sem fim da malha
          urbana desordenada. É nesse ambiente vedado à realidade que o prefeito
          assume ares panglossianos.

          anta administrar uma cidade tão complicada? Não é o mesmo que
          enxugar gelo? O prefeito responde que a cidade vem melhorando. A pressão
          demográfica vai amainando, exemplifica, inclusive entre os pobres. As
          favelas crescem menos do que antes, embora dêem a impressão de se
          espalhar sem controle. A vida da população melhorou. E, com ela, a
          escolaridade média. Hoje, analfabeto funcional com menos de 30 anos de
          idade pode morar na cidade, mas dificilmente é carioca. E o zelo dos
          pobres pelas escolas municipais chega a tal ponto que nem bandidos se
          metem com esse último reduto do serviço público – como pôde constatar,
          conta, a diretora que recebeu, em postas, o braço direito do assaltante
          que lhe roubara um aparelho de videocassete.

          No primeiro mandato, Cesar Maia quis
          ser a versão local do prefeito Rudy Giuliani, trombeteiro-mór da
          tolerância zero em Nova York. Agora, convenceu-se de que, no Rio, esse é
          o tipo da política que quem promete não cumpre. É inútil bancar o
          intransigente numa cidade em cujo centro, mesmo nas ruas varridas três
          vezes por dia, há sempre lixo ao redor das cestas. A mudança de estilo
          não significa que o prefeito fez as pazes com o senso comum. Tanto que,
          no almoço, ele defende as milícias armadas que, durante sua jurisdição,
          ocuparam mais de 90 favelas.
          Argumenta que, aos poucos, as favelas foram recebendo serviços
          públicos como escola e saúde, mas não polícia, Ministério Público ou
          Justiça. O que mais falta em favela é agente da segurança pública.
          Quando assumiu o cargo, proibiu que policiais se disfarçassem de
          funcionários da Prefeitura para investigar favelas. Com isso, garantiu a
          sua paz: os traficantes não molestam o prefeito e seus funcionários.
          “Na prática, então, o senhor fez um acordo com os bandidos?” “Não fiz”,
          responde Cesar Maia, “porque não é função da prefeitura botar policiais
          disfarçados nas áreas pobres.
          Moral da história: sem agentes de segurança pública, há o vácuo, que é
          sempre ocupado. Nos tempos românticos em que o morador da favela vivia
          pertinho do céu, o vazio estatal foi ocupado por malandros e capoeiras.
          Nos anos 80, vieram os traficantes. Eles policiavam, julgavam e puniam.
          Varavam, a tiro, as mãos de quem cometia crimes em seus territórios.
          Bancavam quadras de esportes. Apartavam briga de família. E convenceram o governador Leonel Brizola, em 1983, de que as favelas dispensavam
          repressão, por serem imunes à criminalidade que incubavam.
          Cesar Maia chegou à política do Rio de Janeiro, como secretário de
          Fazenda, no governo Brizola. De lá para cá, o tráfico transformou os
          morros em praças de guerra. A tal ponto que os policiais civis e
          militares não podem mais morar lá dentro. Foram esses policiais
          ameaçados de despejo que, segundo o prefeito, originaram as milícias nas
          favelas, provando que as trincheiras do tráfico estavam longe de ser
          inexpugnáveis.

          Assim como Brizola há vinte e tantos anos, mas por outro caminho,
          Cesar Maia convenceu-se que as milícias podem amainar o problema que a
          omissão do Estado impôs às favelas. “As milícias são melhores que o
          tráfico”, diz, encerrando o assunto. Só no fim do almoço, admitiu que
          fez uma aposta arriscada. Naquela manhã, um correligionário do prefeito
          estava nos jornais, como suspeito da execução do inspetor Félix dos
          Santos Tostes, chefe da milícia na favela do Rio das Pedras. Trata-se do
          vereador Nadinho, seu cabo eleitoral, produto político da segurança
          miliciana na favela. O prefeito considera Nadinho incapaz de se meter
          numa enrascada dessas, seria coisa de máfia pesada. “Caso contrário,
          errei feio”, conclui, garfando os últimos fios do macarrão, que esfriou
          no prato.

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